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Economia

- Publicada em 06 de Dezembro de 2016 às 18:47

Copom vê mais espaço para corte da taxa Selic

Próxima reunião do comitê está marcada para janeiro de 2017

Próxima reunião do comitê está marcada para janeiro de 2017


PEDRO LADEIRA/AFP/JC
Com a melhora nas projeções para a inflação em 2017 e 2018, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central (BC) considera que pode haver mais espaço para redução da taxa básica de juros, a Selic, do que o percebido anteriormente. A avaliação consta da ata da última reunião do Copom, divulgada ontem em Brasília.
Com a melhora nas projeções para a inflação em 2017 e 2018, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central (BC) considera que pode haver mais espaço para redução da taxa básica de juros, a Selic, do que o percebido anteriormente. A avaliação consta da ata da última reunião do Copom, divulgada ontem em Brasília.
Na semana passada, o comitê deu continuidade ao processo de redução da Selic. A taxa foi diminuída em 0,25 ponto percentual, caindo para 13,75% ao ano. Esse foi o segundo corte de 0,25 ponto percentual.
A taxa é usada nas negociações de títulos públicos no Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) e serve como referência para as demais taxas de juros da economia.
A Selic é o principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação. Ao reajustá-la para cima, o BC contém o excesso de demanda que pressiona os preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Quando reduz os juros básicos, o Copom reduz o crédito e incentiva a produção e o consumo, mas alivia o controle sobre a inflação.
Na reunião de novembro, o comitê discutiu a possibilidade de fazer um corte maior na Selic por conta da recessão econômica, mas a decisão final foi esperar até a próxima reunião do Copom, em janeiro de 2017. "Em particular, destacou-se que o risco palpável de que não ocorra uma retomada oportuna da atividade econômica deve permitir intensificação do ritmo de flexibilização monetária", diz o documento.
O Copom reconheceu esforços para aprovação e implementação de "ajustes necessários" na economia, notadamente as reformas fiscais.
"Os membros do comitê enfatizaram que esses esforços são fundamentais para a estabilização e o desenvolvimento da economia brasileira. O comitê deve acompanhar atentamente esses esforços, uma vez que têm reflexos importantes no processo de desinflação", diz a ata.
O colegiado voltou a afirmar que "o conjunto dos indicadores divulgados desde a última reunião do Copom sugere atividade econômica aquém do esperado no curto prazo". A frase já constava no documento anterior, referente à reunião de outubro.
"Houve reduções nas projeções para o PIB em 2016 e 2017 e interrupção no processo de recuperação dos componentes de expectativas de índices de confiança", citou o documento.
"Após ter interrompido uma longa sequência de quedas no segundo trimestre, a medida de investimento nas contas nacionais voltou a recuar no terceiro trimestre."
O comitê destacou ainda que a economia brasileira segue operando com alto nível de ociosidade dos fatores de produção, "refletido nos baixos índices de utilização da capacidade da indústria e, principalmente, na taxa de desemprego".
Para o colegiado, após os indicadores de atividade terem recuado em agosto, "a ausência de uma reversão nos meses seguintes torna menos provável o cenário em que esses movimentos refletiriam oscilações naturais da atividade econômica em torno de momentos de estabilização". Segundo o Copom, isso aumenta a probabilidade de que a retomada da atividade seja "mais demorada e gradual que a antecipada previamente".
 
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