Bancos se recuperam com força e Bolsas da Europa fecham em alta

As bolsas europeias fecharam em alta nesta terça-feira, à medida que as preocupações com a instabilidade política na Itália foi reduzida e os investidores se concentram na próxima reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Indicadores positivos da região e o euro mais fraco também contribuíram com os ganhos.

A Bolsa de Londres fechou em alta de 0,49%, aos 6.779,84 pontos; Paris subiu 1,26%, aos 4.631,94 pontos; Frankfurt avançou 0,85%, aos 10.775,32 pontos; Milão acelerou 4,15%, aos 17.757,80 pontos; Madri avançou 2,64%, aos 8.893,30 pontos; Lisboa ganhou 1,76%, aos 4.488,53 pontos.

Pouco antes do fim do pregão, as bolsas começaram a renovar máximas. Com as preocupações em torno da Itália minimizadas, os bancos aproveitaram para subir em uma recuperação das recentes perdas acentuadas nas últimas semanas.

O bom humor prevaleceu diante da percepção de que diminuíram as chances de uma eleição antecipada na Itália, o que geraria um período de incertezas, e em meio ao otimismo de que uma solução rápida será encontrada para formar um novo governo.

O premiê italiano, Matteo Renzi, cumpriu a sua promessa de entregar seu cargo após a proposta de reforma na Constituição ser rejeitada, mas deve ficar mais alguns dias para garantir a aprovação do orçamento italiano do próximo ano. Há a avaliação também de que a derrota do governo italiano no referendo para mudar a Constituição reforça a expectativa de que o BCE decidirá nesta semana estender a duração de seu programa de compra de bônus por, pelo menos, seis meses. A reunião de política monetária do banco acontece na quinta-feira, 8.

Desta forma, a Bolsa de Milão subiu mais de 4% impulsionada pelo bancos Unicredit, que subiu mais de 12% e pelo Banca Popolare di Milano, que registrou alta de 9,03%. O Monte dei Paschi, que chegou a cair mais de 4% por apresentar condição mais delicada, reverteu as perdas e conseguiu fechar em alta de 1,18%.

Indicadores positivos da região também contribuíram para o movimento comprador, uma vez que a economia da zona do euro dá sinais de melhora. O Produto Interno Bruto (PIB) da região avançou 1,7% no terceiro trimestre, na comparação anual, acima da previsão de +1,6%. Além disso, as encomendas à indústria da Alemanha subiram 4,9% em outubro ante setembro, acima da expectativa de alta de 0,7%.

Nas demais praças, os bancos também foram os responsáveis por puxarem os índices para cima. Em Londres, o HSBC ganhou 4,3%, enquanto em Paris, o Société Générale e o BNP Paribas avançaram mais de 5%.