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Economia

- Publicada em 06 de Dezembro de 2016 às 12:07

Fiergs diz que a economia ainda vai respirar por aparelhos em 2017

Müller apontou o setor público como responsável pela crise e projeta alta do PIB de 0,5% em 2017

Müller apontou o setor público como responsável pela crise e projeta alta do PIB de 0,5% em 2017


PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
O presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), Heitor José Müller, afirmou que "2016 foi um ano difícil" e "que em 2017 vamos respirar por aparelhos ainda". Müller culpou erros do setor público pelo momento por que passa a atividade econômica no País e garantiu que as empresas privadas não são responsáveis. A economia brasileira avançará 0,5%, e a gaúcha 0,4%, considerando a projeção mediana para o Produto Interno Bruto (PIB), divulgada nesta terça-feira (6) na sede da entidade em Porto Alegre. 
O presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), Heitor José Müller, afirmou que "2016 foi um ano difícil" e "que em 2017 vamos respirar por aparelhos ainda". Müller culpou erros do setor público pelo momento por que passa a atividade econômica no País e garantiu que as empresas privadas não são responsáveis. A economia brasileira avançará 0,5%, e a gaúcha 0,4%, considerando a projeção mediana para o Produto Interno Bruto (PIB), divulgada nesta terça-feira (6) na sede da entidade em Porto Alegre. 
"O setor público poderia copiar muitas coisas do setor privado", sugeriu o dirigente, que apresenta na manhã desta terça a retrospectiva dos principais números de 2016 e o que esperar do próximo ano. "Precisa pensar em oxigenar a economia brasileira, com medidas pontuais, para aliviar a enorme carga burocrática", receitou Müller. "Esperavam que eu fosse falar da reforma tributária, não é?", descontraiu o presidente da federação, listando o impacto negativo das regras que são colocadas para as empresas, principalmente e justamente na área dos tributos.

Brasil cresce 0,5%, e RS 0,4% em 2017

Para a Fiergs, a economia brasileira vai recuar 3,5% este ano, e a gaúcha, 3,2%. "Esta é a crise mais profunda da nossa história: em dois anos, o PIB encolheu 7,1%  e o número de desempregados chegou a 12 milhões", aponta o diagnóstico de 2016. "Teremos a menor taxa de crescimento no mundo." 
Para 2017, a Fiergs projeta que o produto "se estabilizará nos primeiros dois trimestres", com crescimento de 0,5% no ano (no cenário mediano, que a Fiergs chama de base). Já o Rio Grande do Sul avança em ritmo um pouco mais lento que o País, com alta de 0,4%. No cenário inferior (mais pessimista), a atividade do Brasil cai 2%, e no superior (mais otimista), a evolução é projetada em 1,7%. No Estado, a visão mais pessimista aponta queda de 1,8%, e na mais otimista, alta de 1,5%.  
Ao comparar um século de indicadores e os períodos com maior recuos, a Fiergs mostra que 2015 e 2016 é mais intensa que as demais, como a de 1930-1931 (pós-crash da bolsa de Nova Iorque), que caiu 5,3%. 
Na atividade, uma das variáveis que é colocada é a demanda que deve ser gerada devido a estoques baixos das empresas. "Mas depende da crise política, da aprovação das reformas", pontuou Müller.  

Prognóstico da Fiergs para 2017

PIB do Brasil
  • Cenário base: total (0,5%), agropecuária (2,9%), indústria (0,6%) e serviços (-0,4%) 
  • Cenário inferior: total (-2%), agropecuária (0,5%), indústria (-3%) e serviços (-1,9%)
  • Cenário superior: total (1,7%), agropecuária (3,9%), indústria (2%) e serviços (1,6%)
PIB do Rio Grande do Sul
  • Cenário base: total (0,4%), agropecuária (2,7%), indústria (0,7%) e serviços (-0,6%)
  • Cenário inferior: total (-1,8%), agropecuária (-1,2%), indústria (-2,3%) e serviços (-1,8%)
  • Cenário superior: total (1,5%), agropecuária (4,4%), indústria (1,3%) e serviços (1,3%)

Cenário político

Müller destacou o fato recente de afastamento de Renan Calheiros (PMDB-AL). O dirigente citou que o fato coloca em dúvida até a aprovação da PEC do teto de gastos, que tramita no Senado. "Não sei se o novo presidente vai colocar na pauta", comentou Müller. A opinião reflete comentários que são feitos desde essa segunda-feira (5) já que o senador Jorge Viana (PT-AC) é o primeiro na linha sucessória de Calheiros. "Há muita coisa no cenário, quem vai ser atingido? O que enfrentamos é a criação do diabo", afirmou. 
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