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Economia

- Publicada em 02 de Dezembro de 2016 às 16:30

Bolsas europeias fecham em baixa em meio a incertezas políticas

Agência Estado
As bolsas europeias fecharam em baixa no último pregão da semana, com os investidores cautelosos antes do referendo na Itália e eleições na Áustria, além de incertezas políticas na França, após o presidente François Hollande dizer que não pretende concorrer a um segundo mandato.
As bolsas europeias fecharam em baixa no último pregão da semana, com os investidores cautelosos antes do referendo na Itália e eleições na Áustria, além de incertezas políticas na França, após o presidente François Hollande dizer que não pretende concorrer a um segundo mandato.
Nesta sexta-feira, a bolsa de Londres fechou em baixa de 0,33%, aos 6.730,72 pontos; Paris caiu 0,70%, aos 4.528,82 pontos; Frankfurt recuou 0,20%, aos 10.513,35 pontos; Milão cedeu 0,07%, aos 17.086,85 pontos; Madri teve retração de 0,72%, aos 8.607,10 pontos, e Lisboa caiu 0,99%, aos 4.392,12 pontos.
A aproximação do referendo na Itália sobre uma reforma na Constituição continuou a preocupar os investidores, pois poderá desencadear novas eleições e complicar o processo de recapitalização dos bancos italianos. O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, tem dito que caso o "não" vença ele renunciará, o que pode gerar incerteza política em uma economia já debilitada. Nesta semana, o banco central italiano alertou que os três principais bancos do país poderão precisar de mais capital em 2018. Em Milão, as ações de bancos ficaram mistas. O papel do Banca Monte dei Paschi di Siena e do Banca Popolare di Milano recuaram 5,39% e 0,35%, respectivamente, enquanto a ação do Unicredit subiu levemente 0,10%.
O banco alemão Donner & Reuschel observa que o principal partido de oposição da Itália é crítico com a união monetária e que, "se sua influência aumentar, o futuro da Itália na zona do euro e a sobrevivência da zona do euro como um todo poderiam estar em jogo".
O cenário político tem estado no foco dos investidores. Hoje, o mercado operou com cautela depois que o presidente da França, François Hollande, comunicou ontem que não participará nas próximas eleições presidenciais do país, que acontecem entre abril e maio de 2017. Hollande se torna, assim, o primeiro presidente francês na história pós-guerra a não concorrer à reeleição. Neste domingo, vale lembrar que acontece a repetição do segundo turno das eleições presidenciais na Áustria, que foram adiadas duas vezes por causa de erros nos envelopes de voto pelo correio. A disputa está entre o ecologista Alexander Van der Bellen, do Partido Verde, e o ultradireitista Norbert Hofer.
Em Londres, os bancos lideraram as quedas, com a ação do RBS e do Barclays em queda superior a 2,5%. As mineradoras também foram penalizadas, seguindo a queda do petróleo durante a manhã. A Rio Tinto caiu 0,74% e a BHP Billiton perdeu 2,61%. Na Alemanha, os bancos também foram pressionados, com o Commerzbank e o Deutsche Bank em queda de 2%. Já em Madri, o Banco Popular, que ontem subiu 13% com a notícia de substituição de seu presidente, corrigiu o movimento e terminou em queda de 4,57%.
O mercado ficou de olho também nos dados mistos de emprego nos EUA. Se, por um lado, a economia americana criou 178 mil empregos, pouco abaixo da previsão de 180 mil, e a taxa de desemprego recuou para 4,6% - o menor nível em 9 anos -, por outro, o salário médio por hora caiu 0,12% em novembro, para US$ 25,89, o que revela uma fraqueza na inflação. 
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