Chegou ao fim ontem a carreira daquele que é considerado o maior ciclista olímpico de todos os tempos. Com cinco medalhas de ouro e oito no total, o recordista em conquistas na história da modalidade Bradley Wiggins anunciou oficialmente sua aposentadoria das pistas e das estradas, aos 36 anos.
"Eu fui sortudo o suficiente para viver um sonho e atingir meus sonhos de infância ao ter uma vida e uma carreira no esporte pelo qual me apaixonei aos 12 anos. Eu encontrei meus ídolos e pedalei com os melhores por 20 anos. Eu trabalhei com os melhores técnicos e chefes de equipe do mundo, e sempre serei grato ao apoio deles", escreveu Wiggins em sua conta no Facebook.
O ciclista começou sua carreira de conquistas internacionais em 1998, quando venceu a prova de perseguição individual no Mundial Júnior de Ciclismo de Pista. Dois anos depois, ganharia a primeira de suas 12 medalhas em Mundiais adultos da disciplina, das quais sete são de ouro. Venceu a Volta de França de forma histórica em 2012, tornando-se o primeiro britânico a alcançar tal feito. Ainda ganhou provas clássicas como a Paris-Nice e o Tour da Grã-Bretanha, além de ter conquistado o título mundial de 2014 na estrada, após duas pratas.
Ainda era um dos melhores do mundo na estrada quando decidiu voltar com tudo para a pista, ganhando duas medalhas no Mundial deste ano, em Londres, sua casa, e, depois, o ouro olímpico na perseguição por equipes nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro.
A aposentadoria já era esperada, tanto que ele nunca escondeu que o tradicional Seis Dias de Ghent, na Bélgica, um torneio de duplas, em novembro, seria sua última competição, a qual venceu ao lado de outra figura histórica, o também britânico Mark Cavendish.