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José Simão

- Publicada em 26 de Dezembro de 2016 às 15:57

Voo da LaMia tinha excesso de peso e plano irregular, afirmam autoridades

Relatório apontou ainda que o piloto tinha consciência que o combustível era insuficiente

Relatório apontou ainda que o piloto tinha consciência que o combustível era insuficiente


RAUL ARBOLEDA/AFP/JC
As autoridades colombianas divulgaram ontem um relatório sobre o acidente com o avião da Chapecoense que deixou 71 vítimas no dia 29 de novembro, próximo a Medellín, na Colômbia. Por meio de gravações de voz do avião (voice recorder), os oficiais da Aeronáutica Civil explicaram detalhes da queda. "A aeronave tinha um peso superior ao permitido nos manuais", afirmou o coronel Freddy Augusto Bonilla, secretário de segurança da Aeronáutica Civil da Colômbia.
As autoridades colombianas divulgaram ontem um relatório sobre o acidente com o avião da Chapecoense que deixou 71 vítimas no dia 29 de novembro, próximo a Medellín, na Colômbia. Por meio de gravações de voz do avião (voice recorder), os oficiais da Aeronáutica Civil explicaram detalhes da queda. "A aeronave tinha um peso superior ao permitido nos manuais", afirmou o coronel Freddy Augusto Bonilla, secretário de segurança da Aeronáutica Civil da Colômbia.
As autoridades ainda culpam a Administração de Aeroportos e Serviços Auxiliares à Navegação Aérea da Bolívia (Aasana) por ter aprovado o plano de voo da LaMia. De acordo com Bonilla, o piloto Miguel Quiroga, morto no acidente, tinha consciência de que o combustível não era suficiente.
A conclusão colombiana aponta apenas algumas diferenças em relação à versão boliviana, divulgada há duas semanas. As autoridades da Bolívia culparam o piloto do avião e a companhia aérea LaMia. Foi aberto também processo contra a funcionária do aeroporto de Santa Cruz, de onde partiu o avião, que aceitou um plano com o tempo de voo igual à autonomia, violando normas elementares.
O ministro de obras públicas da Bolívia, Milton Claros, foi taxativo. "O que aconteceu neste trágico evento é de responsabilidade direta da empresa LaMia e do piloto", resumiu. Já o secretário de segurança da Aeronáutica Civil da Colômbia fez um longo pronunciamento a partir da gravação da conversa de Quiroga com a torre de controle de voo do aeroporto de Rionegro antes da queda do avião.
"O avião boliviano ingressa em Medellín neste momento. A aeronave boliviana está deixando o controle aéreo de Bogotá para o de Medellín e é autorizada a descer 3 mil metros. Até então, a tripulação não informou que havia uma situação de emergência. Essa aeronave conta com um sistema de alerta de baixa quantidade de combustível. Isso significa que se inicia um alarme audível e visual. De acordo com o manual, a aeronave soa um alarme quando restam 20 minutos de autonomia. Esse alarme foi dado dois minutos depois dessa posição", contou o secretário. A investigação se debruça agora sobre as razões da interrupção da gravação. "A gravação para um minuto antes da queda e temos que saber o motivo", disse.
A controladora de voo colombiana Janeth Molina, que atendeu ao piloto do avião antes da queda, afirmou que o acidente poderia ter sido muito pior. Janeth foi a controladora de voo do aeroporto de Rionegro que conversou com Quiroga antes do acidente. "Foram 71 vítimas, mas poderia ter sido pior, porque estava muito em cima e muito perto de outras aeronaves", disse.
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