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JC Logística

- Publicada em 27 de Dezembro de 2016 às 21:41

Após seca, hidrovia no Tietê bate recorde de carga

Hidrovia tem 800 quilômetros navegáveis, em uma área servida por 19 estaleiros e 30 terminais intermodais

Hidrovia tem 800 quilômetros navegáveis, em uma área servida por 19 estaleiros e 30 terminais intermodais


CHICO SIQUEIRA/AE/JC
Depois de quase dois anos paralisada pela queda no nível do Rio Tietê, afetado pela estiagem, a Hidrovia Tietê-Paraná bateu este ano o recorde em volume de cargas transportadas em seu curso. De 27 de janeiro, quando a hidrovia voltou a operar, até o mês de novembro, foram transportados 7,56 milhões de toneladas entre a cidade de São Simão, em Goiás, e o interior paulista, segundo o Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH).
Depois de quase dois anos paralisada pela queda no nível do Rio Tietê, afetado pela estiagem, a Hidrovia Tietê-Paraná bateu este ano o recorde em volume de cargas transportadas em seu curso. De 27 de janeiro, quando a hidrovia voltou a operar, até o mês de novembro, foram transportados 7,56 milhões de toneladas entre a cidade de São Simão, em Goiás, e o interior paulista, segundo o Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo (DH).
O maior volume anterior havia sido transportado em 2013, quando as barcaças carregaram 6,3 milhões de toneladas. Animado, o setor volta a receber investimentos. O transporte na hidrovia ficou parado de maio de 2014 até janeiro deste ano. Com a crise hídrica, o nível do reservatório de Três Irmãos e da eclusa de Nova Avanhandava, no Tietê, baixou ao ponto de impedir totalmente a navegação. As barcaças carregadas com soja, milho, celulose e madeira que saíam de São Simão e Três Lagoas (MS) não conseguiam passar o trecho mais atingido pela estiagem.
Também foi prejudicada a movimentação de cargas de cana-de-açúcar e areia no trecho paulista. Naquele ano, o volume transportado caiu para 4,6 milhões de toneladas. Em 2015, com a hidrovia interrompida, o volume foi de 4,5 milhões. O prejuízo causado pela paralisação da navegação foi estimado em R$ 200 milhões.
Com o retorno dos comboios, os estaleiros também voltaram a receber encomendas de barcaças, segundo o Sindicato dos Armadores de Navegação Fluvial do Estado de São Paulo (Sindasp). De cerca de mil funcionários demitidos durante a suspensão do transporte, em torno de 500 já foram ou estão sendo recontratados.
A previsão do DH para 2017 é que o volume transportado apenas no trecho paulista chegue a 6,1 milhões de toneladas - 5,1 milhões de cargas de longo percurso e 1 milhão de toneladas de areia. Em toda a hidrovia o volume pode passar de 10 milhões/toneladas. Entre as cargas que mais utilizam a hidrovia estão cana-de-açúcar, farelo de soja, milho e soja a granel.
A hidrovia tem 800 quilômetros navegáveis, passando por 10 reservatórios, 10 barragens e 23 pontes, numa área servida por 19 estaleiros e 30 terminais intermodais de carga. "O potencial a ser explorado é enorme. Vamos trabalhar com o governo para que as obras necessárias sejam realizadas", afirmou Orlando Barreto Neto, presidente do Consórcio Intermunicipal da Hidrovia Tietê-Paraná. O DH informou já ter investido nos últimos cinco anos R$ 357 milhões em obras para eliminação de gargalos na hidrovia, como ampliação e proteção dos vãos entre pilares de pontes, retificação e desassoreamento de canais.
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