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JC Logística

- Publicada em 18 de Dezembro de 2016 às 22:28

Usina de Itaipu quebra recorde mundial de geração

Regime de chuvas e alta demanda do Brasil e do Paraguai garantiram a boa performance da hidrelétrica

Regime de chuvas e alta demanda do Brasil e do Paraguai garantiram a boa performance da hidrelétrica


ALEXANDRE MARCHETTI/ITAIPU BINACIONAL/DIVULGAÇÃO/JC
A Itaipu Binacional atingiu no sábado passado a geração anual de 98,800 milhões de megawatts-hora (Mwh) de energia, novo recorde mundial, informou a empresa. Com o novo número, Itaipu fica à frente da usina de Três Gargantas, na China, que fechou novembro com a geração em torno de 83 milhões de Mwh e prevê uma produção total de 90 milhões de Mwh no ano.
A Itaipu Binacional atingiu no sábado passado a geração anual de 98,800 milhões de megawatts-hora (Mwh) de energia, novo recorde mundial, informou a empresa. Com o novo número, Itaipu fica à frente da usina de Três Gargantas, na China, que fechou novembro com a geração em torno de 83 milhões de Mwh e prevê uma produção total de 90 milhões de Mwh no ano.
Em nota à imprensa, Itaipu destaca que o recorde mundial em geração anual de energia se soma ao título que Itaipu já detinha: o de maior produção acumulada. Desde a entrada em operação de sua primeira unidade geradora, em maio de 1984, há 32 anos e sete meses, Itaipu produziu mais de 2,4 bilhões de MWh, energia suficiente para atender a demanda do mundo inteiro por 40 dias.
Em 2014, Itaipu havia perdido a posição de líder mundial de produção anual de eletricidade em decorrência da crise hídrica enfrentada pelo Brasil por conta da seca que atingiu grande parte do País, pelo segundo ano consecutivo.
O diretor-geral brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, comemorou a conquista do recorde de geração de energia elétrica e destacou que Itaipu a volta da liderança mundial de produção de energia para a usina binacional. Segundo Samek, a usina chinesa de Três Gargantas deve produzir neste ano em torno de 90 de milhões de MWh.
"Mais energia é mais energia para o desenvolvimento dos países, mais royalties que cada país recebe. Este ano foi espetacular e vamos conseguir quebrar essa marca que há tanto tempo estávamos buscando (100 milhões de MWh) e devemos fechar o ano com 102,8 milhões de megawatts-hora", disse Samek.
"Dificilmente, uma hidrelétrica vai quebrar essa marca. Nós mesmos vamos ter muita dificuldade de ultrapassar essa marca, porque foi um ano em que tudo funcionou bem", afirmou o diretor-geral brasileiro de Itaipu.
Uma combinação de fatores contribuiu para o bom desempenho, segundo a empresa: afluência regular do Rio Paraná, alta demanda de eletricidade no Brasil e no Paraguai, otimização do uso dos recursos naturais e alta performance dos equipamentos.
"O regime hidrológico (de chuvas) em 2016 foi muito favorável para o nosso reservatório de Itaipu, no Rio Paraná, onde recebemos água com tranquilidade. Outro fator importante é a qualificação, o conhecimento e a organização das nossas áreas de operação e engenharia que têm otimizado a produtividade", afirmou o diretor técnico executivo, Airton Dipp
A produção de 98,6 milhões de MWh seria suficiente para atender o consumo do Brasil por 2 meses e 15 dias ou o do Paraguai por quase 7 anos. Também poderia suprir o consumo da região Sul do Brasil por um 1 ano e 2 meses, o estado de São Paulo por 8 meses e 20 dias e a cidade do Rio de Janeiro por 5 anos e 5 meses. Segundo Dipp, a hidrelétrica responde por 18% do consumo nacional, quatro pontos percentuais a mais do que o registrado em 2015, e por 82% da demanda do Paraguai, ante 76% em 2015.
De acordo com Itaipu, caso a energia de 98,6 milhões de MWh fosse gerada por uma termelétrica a gás, a emissão de gás carbônico equivalente (CO2eq) seria de 39 milhões de toneladas. Em uma termelétrica a carvão, o número chegaria a 88 milhões de toneladas de CO2eq.
A energia acumulada de Itaipu ao longo de sua operação seria suficiente para suprir o consumo de todo o planeta por 40 dias. No entanto, a capacidade instalada de Itaipu é menor do que a de Três Gargantas, com 14 mil MW (que a usina consegue gerar de uma única vez), frente a 22,4 mil MW da chinesa.
O aumento da produção também refletirá em mais royalties (indenização pela exploração do uso da água para a geração de energia elétrica), pagos ao Brasil e ao Paraguai. "Como o cálculo é feito com base na variação do dólar - e como a moeda americana se valorizou frente ao real -, o repasse de royalties a partir da produção deste ano será 15% maior", calcula a empresa.
Desde o início do pagamento, em 1985, os royalties pagos por Itaipu para os dois países passa de US$ 10 bilhões. Para construí-la, foram gastos US$ 27 bilhões, captados em órgãos nacionais e internacionais, incluindo as rolagens financeiras. Atualmente, a dívida é US$ 10 bilhões e o abatimento consome cerca de 60% dos custos anuais. O pagamento total da dívida ocorrerá no primeiro trimestre de 2023. A construção da usina é resultado de intensas negociações entre o Brasil e o Paraguai, iniciadas ainda na década de 1960.
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