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JC Logística

- Publicada em 16 de Dezembro de 2016 às 17:29

MPF apura sobrepreço de 100% projeto de submarino nuclear

O Ministério Público Federal (MPF) do Distrito Federal apura sobrepreço de 100% na construção de um estaleiro da Marinha para montagem de um submarino de propulsão nuclear no Brasil. O projeto será delatado pela Odebrecht, em acordo com a Justiça. Foram realizados dois pagamentos no exterior relacionados à participação da empreiteira no Programa de Desenvolvimento de Submarino (Prosub) da Marinha do Brasil, intermediados pelo departamento da propina da Odebrecht.
O Ministério Público Federal (MPF) do Distrito Federal apura sobrepreço de 100% na construção de um estaleiro da Marinha para montagem de um submarino de propulsão nuclear no Brasil. O projeto será delatado pela Odebrecht, em acordo com a Justiça. Foram realizados dois pagamentos no exterior relacionados à participação da empreiteira no Programa de Desenvolvimento de Submarino (Prosub) da Marinha do Brasil, intermediados pelo departamento da propina da Odebrecht.
O Prosub é alvo de um procedimento investigatório criminal sigiloso pelo MPF-DF desde novembro de 2015. O sobrepreço verificado fez a obra subir de R$ 5 bilhões para cerca de R$ 10 bilhões. Os pagamentos, segundo apurado no MPF, saíram do Tesouro Nacional. Para ajudar nos trabalhos, o MPF solicitou à Procuradoria-Geral da República a criação de uma força-tarefa destinada exclusivamente para as investigações do Prosub, com participação do Ministério Público Militar.
O Ministério Público solicitou ao Itamaraty toda a comunicação realizada envolvendo o projeto do submarino. A intenção é também apurar se há tráfico de influência por parte do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em cujo governo o programa foi lançado, em 2008, em "parceria estratégica" com o então presidente francês, Nicolas Sarkozy. A empresa francesa DCNS ficou responsável pela transferência de tecnologia ao País e escolheu a Odebrecht como parceira, sem licitação.
A Odebrecht realizou dois pagamentos não contabilizados ao empresário José Amaro Pinto Ramos, supostamente representando a DCNS, e ao ex-presidente da Eletronuclear Othon Pinheiro da Silva, preso na Lava Jato. A operação para pagamento no exterior envolveu o ex-funcionário do Setor de Operações Estruturadas Luiz Eduardo Soares. Em nota, a Marinha informou que o Tribunal de Contas da União acompanha o desenvolvimento do Prosub e que "tem cumprido todas as orientações" da corte de contas. O empresário José Amaro Ramos negou que os pagamentos recebidos da Odebrecht por conta do projeto de submarino sejam propina.
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