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JC Logística

- Publicada em 02 de Dezembro de 2016 às 18:13

Eletrobras mantém plano de usina com licença recusada

Embora tenha sido barrado pelo Ibama, o aproveitamento hidrelétrico do rio Tapajós continua nos planos da Eletrobras para expansão de sua capacidade de geração.
Embora tenha sido barrado pelo Ibama, o aproveitamento hidrelétrico do rio Tapajós continua nos planos da Eletrobras para expansão de sua capacidade de geração.
A construção de usinas na região é defendida também pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico).
Em palestra no Rio nesta quinta-feira (1º), o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Jr, citou duas usinas no rio Tapajós entre os projetos hidrelétricos que podem agregar capacidade para a empresa a partir de 2022.
O processo de licenciamento do principal projeto no rio, a usina de São Luiz do Tapajós (Pará), foi arquivado em agosto, sob o argumento de que não trazia soluções para os impactos ambientais que causaria. Depois disso, autoridades do setor elétrico anunciaram que o governo abandonaria o projeto.
Segundo Ferreira, o estoque de projetos para depois de 2022 chega a 21 mil MW (megawatts), o equivalente a 14% da capacidade instalada no país atualmente.
"Depois de 2022 temos vários projetos em estudo. O principal é Tapajós", disse o presidente da Eletrobras.
Além de São Luiz de Tapajós, há outro projeto no rio, chamado Jatobá, também citado por Ferreira. Ele deixou o evento sem dar entrevistas e não explicou como os projetos podem ser retomados.
São Luiz tem capacidade instalada de 8.000 MW (megawatts) e é o maior aproveitamento hidrelétrico em estudo no país. O projeto de Jatobá tem 2.300 MW.
Havia outras hidrelétricas em estudo para o rio, mas o governo abriu mão dos projetos em uma tentativa de reduzir a resistência à aprovação dos dois primeiros.
Também presente no evento na FGV, o presidente do ONS, Luiz Eduardo Barata, defendeu a retomada da usina de São Luiz.
"Não é razoável renunciar a esse potencial", afirmou, propondo a reformulação dos estudos para atender às exigências ambientais.
O presidente da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), Luiz Augusto Barroso, porém, foi mais cauteloso.
Ele disse que, inicialmente, prefere focar em usinas de médio porte fora da região amazônica, para depois voltar a pensar nos grandes projetos na Amazônia.
Segundo ele, há ainda potencial a ser explorado em rios da região Centro-Oeste.
Barroso defendeu, porém, um debate "sem mimimi" sobre a retomada dos investimentos em grandes hidrelétricas. "Vamos discutir com a sociedade como colocar as hidrelétricas de novo no mapa do planejamento."
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