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- Publicada em 21 de Dezembro de 2016 às 12:58

Lar (temporário) doce lar

Maria Eugenia Bofill
No dia 20 de dezembro, cinco dias antes da chegada oficial do Natal, as crianças da Pousada Solidariedade já esperavam ansiosamente o bom velhinho que chegaria em instantes. Ao desembarcar na sala com um saco vermelho cheio de presentes, encontrou David, Leonardo, Marcos e Renan, acompanhados de seus pais ou mães. No que recebeu um saudoso "bem-vindo, Papai Noel" de um deles. As crianças são quatro das 10 hóspedes temporárias da pousada e estão na fase de pré ou pós-transplantes de órgãos. Há 13 anos, já passaram cerca de dois mil pacientes, de todas as idades e vindos de todas as regiões do Brasil.
No dia 20 de dezembro, cinco dias antes da chegada oficial do Natal, as crianças da Pousada Solidariedade já esperavam ansiosamente o bom velhinho que chegaria em instantes. Ao desembarcar na sala com um saco vermelho cheio de presentes, encontrou David, Leonardo, Marcos e Renan, acompanhados de seus pais ou mães. No que recebeu um saudoso "bem-vindo, Papai Noel" de um deles. As crianças são quatro das 10 hóspedes temporárias da pousada e estão na fase de pré ou pós-transplantes de órgãos. Há 13 anos, já passaram cerca de dois mil pacientes, de todas as idades e vindos de todas as regiões do Brasil.
A pousada pertence a ONG Via Vida, Pró-Doações e Transplantes, e recebe pacientes que estão em fase de pré ou pós-transplantes de órgãos e não teriam condições de se manter na cidade por tanto tempo e consequentemente não teriam acesso ao tratamento indicado para o transplante. Aos pacientes - 60% menores de idade - são oferecidos serviços de apoio pedagógico, psicológico, oficinas de artesanato, informática e também culinária, além da hospedagem e alimentação, sem custo nenhum. "Eles ficam longe da família, das relações sociais, deixam de frequentar a escola, há um trabalho importante tanto psicológico quanto pedagógico em cima disso", destaca a fundadora e presidente da Via Vida, Maria Lucia Kruel Elbern. O trabalho pedagógico foca especialmente na interpretação de leitura e na matemática básica, para as crianças não perderem as noções escolares. Todo o trabalho é realizado por voluntários, atualmente são cerca de 70, que se dividem nas diversas funções da casa. "Há uma diferença entre o voluntário e o doador: o doador doa alguns órgãos e o voluntário, todos, é tudo pela causa. Aprendi muito aqui, mas ainda tenho muito o que aprender", destaca a voluntária Maria da Graça Caetano, que trabalha há dois anos na ONG.
Sandro dos Santos vem da Bahia para acompanhar o filho David de seis anos, que está na fila para transplante de medula óssea. Há dois meses na pousada, Santos afirma que se não houvesse a hospedagem, não seria possível manter-se em Porto Alegre. "O custo é muito alto, há hospedagem, alimentação, enfim, tudo, e a casa nos ajuda muito", ressalta.
A ideia é que a Pousada Solidariedade se mude em breve da casa atual, que fica localizada no bairro Jardim do Salso, para aumentar o número de hóspedes. Hoje, a pousada tem capacidade para 10 pacientes e mais 10 acompanhantes, que chegam através de assistentes sociais dos hospitais transplantadores, após uma análise socioeconômica da família.
Além da pousada, a Via Vida trabalha com o objetivo de levar à população informações sobre o processo de transplantes, para que mais pessoas se tornem doadoras. "O objetivo principal é diminuir o número de pessoas na lista de espera para transplantes, então trabalhamos muito na divulgação da causa", explica Maria Lucia. Além da divulgação, trabalha-se também com a prevenção das doenças que levam ao transplante.
No ano de 2016, os voluntários visitaram escolas estaduais de Porto Alegre para contar histórias e conversar com os estudantes sobre o assunto. São realizadas também ações de conscientização nas ruas de Porto Alegre, como o Pedalando pela Vida, que ocorre em setembro em alusão ao dia Nacional da Doação de Órgãos e Tecidos. No decorrer do ano também são realizados jantares, chás e brechós beneficentes para arrecadar fundos- o próximo ocorrerá em abril deste ano. A sustentabilidade da casa se dá pelas doações. "A divulgação da causa é fundamental para a diminuição das listas de espera e ajudar as pessoas que já estão esperando", salienta o vice-presidente da ONG, Octavio de Souza.
A ONG está sempre aberta a receber voluntários. Os interessados em trabalhar na Via Vida podem entrar em contato com a ONG através do e-mail [email protected] ou no site viavida.org.br.
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