Ostentando a sigla SCE, de Smart Control Efficiency ou Controle Inteligente de Eficiência, os propulsores foram desenvolvidos na América Latina e serão fabricados no Brasil, na planta industrial da Renault em São José dos Pinhais (PR). O novo 1.0 já está disponível para os modelos Sandero e Logan, enquanto o 1.6, além desses dois, equipará também o SUV Duster e a picape Duster Oroch (a partir da segunda metade deste mês).
Os motores se notabilizam pelo baixo consumo e melhor desempenho. Segundo a montadora, o 1.0 SCe deixa Sandero e Logan até 19% mais econômicos - com o 1.6 SCe, o índice é de até 21%. Já Duster e Duster Oroch ficam, respectivamente, até 18% e 16% mais eficientes com o 1.6 SCe 16V.
Pelas medições da Renault, o Sandero 1.0 supera os 14 km/l, enquanto o Logan 1.0 consegue 13,8 km/l. Usando o 1.6, o hatch roda 12,8 km/l e, o sedã, 13 km/l. No Duster 1.6, a marca é de 11,3 km/l. Em todas essas médias, tendo gasolina no tanque.
Inteiro em alumínio, pesando 20 quilos a menos do que o seu antecessor, o 1.0 SCe 12V de três cilindros tem características como duplo comando de válvulas variável na admissão e no escape, solução inédita nessa cilindrada.
Graças a isso, oferece 90% do torque máximo de 102,9 Nm a 2.000 rpm. Na potência, houve ganho de 2 cv em relação ao anterior: agora são 82 cv com etanol e 79 cv com gasolina. Os resultados são retomadas de velocidade até 6% mais rápidas e aceleração de zero a 100 km/h 8% melhor.
De quatro cilindros, o 1.6 SCe 16V, por sua vez, traz duplo comando de válvulas variável na admissão, injetores posicionados no cabeçote e outros aprimoramentos. Também construído em alumínio, é 30 quilos mais leve.
Com essa unidade motriz, a potência máxima de Sandero e Logan saltou de 106 cv para 118 cv com etanol, um acréscimo de 11,3%. Com gasolina, o aumento foi ainda maior: 17,3%, de 98 cv para 115 cv. O torque também se elevou, atingindo 156,8 Nm com qualquer combustível.
No Duster e Duster Oroch, o novo propulsor 1.6 SCe entrega um pouco mais de força, em virtude de uma calibração diferente da central eletrônica e de um retrabalho no coletor de escapamento desses veículos. São 118 cv de potência com etanol e 120 cv com gasolina, com torque de 158,6 Nm, independentemente do combustível.
A Renault utilizou seu "know-how" das corridas de Fórmula 1 na concepção dos novos propulsores. Das pistas, veio, por exemplo, a tecnologia ESM, de gerenciamento de energia, e a bomba de óleo com vazão variável.
Exclusiva do 1.0 SCe, a bomba de óleo variável ajusta automaticamente o fluxo do lubrificante conforme a rotação e a carga do motor, absorvendo menos energia e, consequentemente, poupando combustível.
Presente em toda a gama, a tecnologia ESM de gerenciamento de energia atua durante a desaceleração do carro. Nesse momento, o alternador automaticamente passa a recuperar energia e enviá-la para a bateria, elevando sua carga sem consumir etanol ou gasolina. Durante a aceleração, o alternador não precisa tirar energia do propulsor para enviar à bateria, já que houve a recarga na desaceleração.
O motor 1.6 SCe incorpora ainda o sistema Stop&Start, de desligamento em paradas, mas apenas nos modelos Sandero e Logan. Quando dotados de câmbio automatizado Easy'R, o hatch e o sedã da Renault vêm com controle de estabilidade e assistente de partida em rampas.