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2° Caderno

- Publicada em 09 de Dezembro de 2016 às 17:54

Exercícios podem evitar e até reverter perda de neurônios ligados ao coração

Faz parte da progressão da doença cardíaca a perda de neurônios que inervam o coração, prejudicando o funcionamento adequado das vias nervosas relacionadas ao funcionamento cardiovascular e dificultando, por exemplo, a redução dos batimentos e da pressão arterial. A pesquisa do graduando em medicina Marcelo Hiro Akiyoshi Ichige mostra que, em ratos, o exercício físico é capaz de bloquear essas alterações e ainda corrigir a frequência cardíaca.
Faz parte da progressão da doença cardíaca a perda de neurônios que inervam o coração, prejudicando o funcionamento adequado das vias nervosas relacionadas ao funcionamento cardiovascular e dificultando, por exemplo, a redução dos batimentos e da pressão arterial. A pesquisa do graduando em medicina Marcelo Hiro Akiyoshi Ichige mostra que, em ratos, o exercício físico é capaz de bloquear essas alterações e ainda corrigir a frequência cardíaca.
"Esse achado nos permite compreender mecanismos através dos quais o treinamento físico melhora o prognóstico da insuficiência cardíaca, sem os efeitos colaterais de tratamentos medicamentosos", diz o pesquisador.
A insuficiência cardíaca é uma condição acompanhada por redução da função dos ventrículos (câmaras do coração responsáveis pela ejeção do sangue para o corpo e para a circulação pulmonar), ativação de mecanismos nervosos e hormonais compensatórios e disfunções do sistema nervoso autônomo (parte do sistema nervoso que troca estímulos e informações com as vísceras e outros sistemas), resultando, entre outros problemas, em elevação da frequência cardíaca.
O estudo foi conduzido com modelos experimentais: 47 ratos machos de oito semanas de vida nos quais foi induzida a insuficiência cardíaca por aplicação de droga e procedimento cirúrgico, 28 dos quais concluíram os testes. A divisão dos ratos entre sedentários, de um lado, e submetidos a protocolo de exercícios, do outro, permitiu observar que, com seis semanas de treinamento, evita-se a perda dos neurônios ligados à atividade cardiovascular, readequando o fluxo nervoso para o coração.
A correção da disfunção autonômica, obtida pela atividade física, ocorre mesmo com a persistência de função anormal dos ventrículos, como verificado nas análises teciduais e testes realizados.
Pelo trabalho, Ichige recebeu o prêmio de iniciação científica da Associação de Professores Eméritos da Faculdade de Medicina (Fmusp) da USP. O estudo foi desenvolvido no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, sob coordenação da professora Lisete Compagno Michelini, do Departamento de Fisiologia e Biofísica do instituto.
Os resultados foram publicados no The Journal of Physiology, em agosto deste ano. O artigo Exercise training preserves vagal preganglionic neurons and restores parasympathetic tônus in heart failure sugere que seis semanas de treinamento físico podem evitar a perda de neurônios ligados à atividade cardiovascular e reestabelecer o tônus parassimpático. (Jornal da USP)
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