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2° Caderno

- Publicada em 08 de Dezembro de 2016 às 16:56

USP leva atendimento veterinário a regiões carentes

Oferecer orientação veterinária gratuita e educar tutores e cuidadores de animais que vivem em zonas carentes da cidade de São Paulo sobre assuntos como zoonoses, manipulação de alimentos, bem-estar animal, guarda responsável e controle populacional. Essa é a proposta do Vetmóvel, projeto itinerante de educação e orientação veterinária criado pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (Fmvz) da USP em parceria com o Instituto Mapaa - ONG especializada no resgate em situações emergenciais, conscientização dos cuidados aos animais, adoção consciente e terapia assistida.
Oferecer orientação veterinária gratuita e educar tutores e cuidadores de animais que vivem em zonas carentes da cidade de São Paulo sobre assuntos como zoonoses, manipulação de alimentos, bem-estar animal, guarda responsável e controle populacional. Essa é a proposta do Vetmóvel, projeto itinerante de educação e orientação veterinária criado pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (Fmvz) da USP em parceria com o Instituto Mapaa - ONG especializada no resgate em situações emergenciais, conscientização dos cuidados aos animais, adoção consciente e terapia assistida.
No dia 3 de dezembro, foram realizadas palestras para os moradores da região. Além disso, cerca de 600 crianças, entre 6 e 10 anos, estudantes do CEU Feitiço da Vila, participaram de apresentações de teatro.
Paula explica que o projeto funciona da seguinte forma: uma equipe é enviada a uma escola, geralmente, um Centro de Educação Unificado (CEU), para fazer um trabalho inicial de identificação do perfil do ambiente em que aqueles alunos estão inseridos, descobrindo, por exemplo, o que eles entendem da relação entre seres humanos e animais, se sabem quais doenças os animais podem transmitir ou se existem muitos bichos na rua.
A partir das respostas, a equipe monta uma estratégia educativa direcionada àquela comunidade, especialmente às crianças do ensino fundamental, que inclui palestras, manuais impressos, peças teatrais e outras atividades. Durante as visitas, os estudantes são convidados a chamar seus pais e vizinhos para se inscrever no mutirão clínico, no qual são realizados exames, castrações e outros procedimentos, todos gratuitos.
O projeto envolve também a realização de pesquisas para diagnóstico dos problemas das comunidades da cidade que envolvam ações da medicina veterinária, tendo como um de seus principais focos o desenvolvimento de indicadores que permitirão, pela primeira vez, analisar os efeitos das campanhas educativas, clínicas e de castração a longo prazo. Passo fundamental para o desenvolvimento de ações e políticas que visem a reverter a árdua realidade dos animais abandonados nas ruas por todo o País.
Paula ressalta que, no entanto, nem todos os casos serão atendidos. "Problemas mais comuns, como catarata, não serão abordados. Mas, em alguns casos, orientamos a pessoa a como conseguir esse serviço", afirma. No caso da castração cirúrgica, a professora diz que, a princípio, apenas fêmeas de zero a dois anos de idade podem realizar o procedimento, enquanto machos podem receber a castração química a qualquer idade.
A professora conta que o projeto foi idealizado em 2013 e concorreu aos editais da Pró-Reitoria de Cultura e Extensão (Prce) da USP. "Ele foi aprovado e recebemos uma verba de R$ 180 mil", afirma. "Porém, com a mudança de administração da Universidade, esse dinheiro acabou não chegando com o valor completo e, como estávamos esperando receber o restante, não conseguimos reformar o ônibus que tínhamos naquele ano."
"Hoje, milhares de cães e gatos vivem em circunstâncias de abandono total, sem higiene, acompanhamento veterinário e alimentação digna, além de estarem sujeitos a agressões e maus-tratos. No País, já existem mais cães do que crianças dentro das famílias e por mais que não exista um dado concreto, sabemos que o número deles nas ruas é bastante grande. Para nós, um animal na rua é muito e este projeto vai ajudar a reverter essa realidade que nasce na desinformação e na falta de acesso ao conhecimento e ao atendimento veterinário" explica Mikael Freitas, fundador e diretor administrativo do Instituto Mapaa.
"Tanto para cães quanto para gatos, é muito complicado adquirir um animal e deixá-lo em casa sozinho. As pessoas acabam abandonando esses animais por conta de problemas de comportamento que foram causados por elas", diz Paula, que complementa: "Também é necessário ter disponibilidade financeira, esses animais têm de ir ao veterinário, ser vermifugados, vacinados e receber assistência conforme vão envelhecendo. Se tudo isso estiver em ordem, então a família pode escolher qual tipo e porte de animal quer adquirir baseado no perfil dos seus membros, como, por exemplo, se são mais sedentários ou ativos". (Jornal da USP)
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