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Política

- Publicada em 22 de Novembro de 2016 às 19:56

Suíça anuncia transferência de documentos da Odebrecht ao Brasil

A Suíça anunciou, ontem, que transferiu ao Brasil documentos e extratos bancários de contas secretas da Odebrecht no país. A decisão, tomada no dia 5 de outubro e executada na semana passada, permite a identificação de pessoas que teriam se beneficiado de propinas.
A Suíça anunciou, ontem, que transferiu ao Brasil documentos e extratos bancários de contas secretas da Odebrecht no país. A decisão, tomada no dia 5 de outubro e executada na semana passada, permite a identificação de pessoas que teriam se beneficiado de propinas.
A liberação dos documentos levou quase um ano para ocorrer, diante dos diversos recursos que os advogados da empresa apresentaram à Justiça suíça. "Esses documentos foram transmitidos na primeira metade de novembro", afirmou o porta-voz do Departamento de Justiça da Suíça, Folco Galli.
Advogados na Suíça próximos ao caso disseram que a decisão tem um valor importante, já que parte das acusações contra políticos brasileiros ou empresários apenas poderia ocorrer com os documentos em mãos de procuradores no Brasil.
Em outubro, o jornal O Estado de S. Paulo revelou que os documentos na Suíça apontam suspeitas de que a Odebrecht movimentou pelo menos US$ 211,6 milhões em contas secretas por meio de empresas de fachada na Suíça para pagar pessoas ligadas ao esquema de corrupção montado na Petrobras, entre elas ex-diretores da estatal e políticos. O dinheiro também teria beneficiado executivos da empreiteira, que é alvo da Operação Lava Jato. "Existe a suspeita de que esses pagamentos sejam propinas", aponta um desses documentos do tribunal. As movimentações financeiras foram realizadas entre 2008 e 2014.
Sem citar a identidade dos envolvidos, os relatórios da Justiça suíça apontam que, entre agosto de 2012 e junho de 2014, US$ 96 milhões foram movimentados e teriam sido distribuídos a quatro ex-diretores da Petrobras. Para justificar os pagamentos, "contratos puramente fictícios" foram firmados, dizem os despachos. Em troca das propinas, os servidores teriam garantido contratos para a Odebrecht em obras da estatal brasileira.
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