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Opinião

- Publicada em 16 de Novembro de 2016 às 17:47

Apoio geral às medidas de combate à corrupção

Os brasileiros estão clamando por forte austeridade financeira e, mais ainda, por mudanças na frouxa legislação que deixa livres, por anos, malfeitores contumazes, desde o menor abandonado à própria sorte até um alto figurão da República. Por isso, foi bom saber que tanto o relator das chamadas 10 medidas - agora 17 - contra a corrupção, deputado federal Onyx Loreznzoni (DEM), como os procuradores da Lava Jato em Curitiba chegaram a um acordo para que não fossem colocados empecilhos na proposta que será votada pela Câmara.
Os brasileiros estão clamando por forte austeridade financeira e, mais ainda, por mudanças na frouxa legislação que deixa livres, por anos, malfeitores contumazes, desde o menor abandonado à própria sorte até um alto figurão da República. Por isso, foi bom saber que tanto o relator das chamadas 10 medidas - agora 17 - contra a corrupção, deputado federal Onyx Loreznzoni (DEM), como os procuradores da Lava Jato em Curitiba chegaram a um acordo para que não fossem colocados empecilhos na proposta que será votada pela Câmara.
Temos sim que alterar a prescrição penal e o uso de recursos, maior celeridade às ações de improbidade, a responsabilização dos partidos e a recuperação do lucro derivado de crimes. A proposta conhecida como 10 Medidas Contra a Corrupção teve forte apoio popular, como era esperado, no rastro das descobertas, desde há dois anos, de falcatruas entre dirigentes de estatais e grandes empreiteiras.
O conjunto de propostas do Ministério Público Federal recebeu a importante adesão de 2 milhões de assinaturas de apoio em todo o País. Após a campanha, as propostas foram entregues ao Congresso Nacional em março deste ano. Realmente, é preciso que aproveitemos esse momento tão marcante da história do Brasil para fazer mudanças que tragam resultados duradouros, com impacto não só no curto prazo, mas no médio e no longo também. Somente assim todo esse esforço de agora não será em vão. E isso precisa feito com muita serenidade, com respaldo jurídico-parlamentar.
Uma das 10 medidas, a de número quatro, ainda no texto original, trata do aumento da eficiência dos recursos no processo penal, evitando ações protelatórias que favorecem a impunidade e a prescrição dos crimes. Da mesma forma, é importante a medida de número cinco, segundo a qual será dada celeridade às ações de improbidade administrativa. Já a medida de número seis aumenta prazos para a prescrição penal. A medida oito propõe a responsabilização objetiva dos partidos políticos em relação a práticas corruptas, a criminalização da contabilidade paralela, a popular caixa 2, enquanto a de número nove criminaliza no pleito a lavagem de dinheiro oriundo de infração penal, de fontes de recursos vedadas pela legislação eleitoral ou que não tenham sido contabilizados na forma da legislação. Finalmente, a de número 10 trata da recuperação do lucro derivado do crime.
Ora, é uma boa inciativa, pois desde 2013 que a população clama contra a corrupção deslavada que ocorre em quase todos os quadrantes do País, em alguns partidos e envolvendo nomes que, teoricamente, estavam acima de qualquer suspeita, até a descoberta dos seus desmandos. A partir da insatisfação geral, sobreveio a criação do Instituto Não Aceito Corrupção, uma associação apartidária, sem fins econômicos, fundada em julho de 2015.
A entidade surgiu da articulação de um grupo de cidadãos que viu na crise política instalada a partir de junho de 2013, com os protestos de rua, uma oportunidade para transformar indignação em esforços estruturados para o enfrentamento da corrupção, com eixos de ação principais de pesquisa, políticas públicas, mobilização e educação.
Resta que o Congresso aprove as medidas e que, mesmo não acabando com a corrupção, inerente a muitos seres humanos, pelo menos traga mais responsabilização aos que a praticam, hoje em dia praticamente sem punição ou com penas brandas. É isso justamente os que os brasileiros almejam, punição aos culpados.
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