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Opinião

- Publicada em 15 de Novembro de 2016 às 16:34

Corrupção à brasileira

Ao invés de procurar explicar que recursos desviados da Petrobras permitiram a doação de R$ 200 milhões para as campanhas eleitorais do PT, inclusive da sua reeleição, a então presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou que as investigações da roubalheira na maior empresa brasileira deveriam ter começado no século passado, obviamente alcançando os dois mandatos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Não deveria ter feito tal afirmação, até porque Fernando Henrique chegou a imaginar a privatização da empresa petrolífera. Ideia que abandonou diante da pressão dos nacionalistas de todos os matizes, corruptíveis ou não. (Fico a imaginar o que os pequenos acionistas pensam disso hoje, quando a Petrobras terminou privatizada por um grupo de bandidos).
Ao invés de procurar explicar que recursos desviados da Petrobras permitiram a doação de R$ 200 milhões para as campanhas eleitorais do PT, inclusive da sua reeleição, a então presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou que as investigações da roubalheira na maior empresa brasileira deveriam ter começado no século passado, obviamente alcançando os dois mandatos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Não deveria ter feito tal afirmação, até porque Fernando Henrique chegou a imaginar a privatização da empresa petrolífera. Ideia que abandonou diante da pressão dos nacionalistas de todos os matizes, corruptíveis ou não. (Fico a imaginar o que os pequenos acionistas pensam disso hoje, quando a Petrobras terminou privatizada por um grupo de bandidos).
Voltando à corrupção no Brasil, Dilma Rousseff, com sua infeliz declaração, quis atingir o PSDB e igualá-lo ao PT, aproveitando-se de que a corrupção é historicamente endêmica no Brasil. Até porque, ao contrário dos Estados Unidos, onde os ingleses foram buscar uma nova pátria, aqui os portugueses vieram apenas para lucrar com o extrativismo (do Pau-Brasil, do ouro, dos diamantes) e se beneficiar da feminilidade e das carícias das índias e das escravas negras. Na verdade, a corrupção chegou no Brasil em 1808, trazida pela corte portuguesa, e aqui encontrou terreno fértil para vicejar, ainda em que em níveis muito menores do que assistimos nos últimos 12 anos. Quem se sobressaiu na época colonial foi Bento Maria Targini, o visconde de São Lourenço, que, apesar de sua voracidade em meter a mão nos cofres públicos, foi promovido de barão a visconde. E, mesmo numa época sem Ministério Público, sem Polícia Federal e sem publicações como a revista Veja, sua fama de corrupto tornou-se de domínio público. A ponto de ser homenageado poeticamente: "Quem furta pouco é ladrão, Quem furta e não esconde, passa de barão a visconde". E os poetas atuais o que vão poetar agora?
Jornalista e escritor
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