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Opinião

- Publicada em 14 de Novembro de 2016 às 16:56

Correios devem voltar ao seu trabalho muito elogiado

Sem o interesse dos bancos em continuar o serviço do Banco Postal, os Correios permanecem em negociação com o Banco do Brasil para um contrato temporário para manutenção do serviço bancário após o término do contrato atual, em 2 de dezembro. 
Sem o interesse dos bancos em continuar o serviço do Banco Postal, os Correios permanecem em negociação com o Banco do Brasil para um contrato temporário para manutenção do serviço bancário após o término do contrato atual, em 2 de dezembro. 
Por décadas, os Correios granjearam a simpatia de milhões de brasileiros. Usar seus serviços trazia tranquilidade para enviar e receber correspondência em todo o País. No entanto, a universalização da internet e o seu acesso a praticamente todos, facilitou muitos contatos que antes eram possíveis apenas pelos métodos tradicionais, Correios incluídos.
Sabe-se que os Correios terão prejuízo de quase R$ 2 bilhões em 2016, pelo quarto ano seguido. Por isso, busca empréstimo junto ao Banco do Brasil para seguir o que outras estatais fizeram, como a Petrobras e a antes privatizada Embraer, ou seja, um ambicioso Plano de Demissões Voluntárias (PDV).
A estatal chegou a pedir um aporte de capital de R$ 840 milhões ao Tesouro Nacional, sem sucesso, e agora espera a aprovação de um empréstimo de R$ 750 milhões com o Banco do Brasil para dar início ao seu PDV.
Desde alguns anos é do conhecimento geral que a situação da ECT é
grave, por seus números e resultados. O serviço postal vem sofrendo transformações no Brasil e no mundo e a empresa precisa passar por mudanças, e o caixa vai apertar no ano que vem, pois os recursos atuais têm prazo de validade.
Em 2015, os Correios tiveram um faturamento de R$ 18 bilhões, com R$ 2,1 bilhões de prejuízo. Assim, a estatal apresentou o PDV para funcionários com mais de 55 anos, com tempo de serviço para requerer a aposentadoria. A expectativa é que 15% dos trabalhadores possam aderir ao plano, o que traria uma economia de R$ 850 milhões a R$ 1 bilhão por ano à empresa.
O público-alvo são os 13 mil funcionários e a empresa aceitará a adesão de 6 mil a 8 mil deles. A ideia ainda é que os Correios ofereçam uma espécie de "salário-demissão". Os funcionários que aderirem ao programa vão receber por 10 anos um valor que será calculado considerando a média do salário recebido nos últimos cinco anos e o tempo de serviço na empresa.
Porém, a saída de oito mil funcionários terá impacto no Postalis, o fundo de previdência dos funcionários dos Correios, que esteve envolvido em graves acusações de maus negócios, próximos da corrupção, segundo noticiado. Desde junho deste ano, os funcionários e aposentados dos Correios começaram a pagar contribuição extra sobre os benefícios para o equacionamento do déficit de R$ 5,6 bilhões do Postalis em 2014.
Os Correios pretendem compensar o desligamento dessa quantidade de empregados nos serviços prestados com a realocação de funcionários, com a melhoria de processos e a implantação de inovações tecnológicas. Somente após essas ações será estudada a contratação de novos trabalhadores, mas, a princípio, não há previsão de realização de novos concursos públicos.
A empresa também busca uma nova formatação para o plano de saúde dos funcionários, mas isso está em discussão em uma comissão com a participação dos sindicatos da categoria. Depois da folha de pessoal, esse é um dos maiores custos que pesam hoje nas contas dos Correios.
Enfim, as estatais têm que se adequar aos novos tempos e tratar de obter resultados positivos, ou a pressão pela privatização só aumentará, ainda que, a rigor, não seja a solução para todo tipo de atividades governamental.
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