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Opinião

- Publicada em 14 de Novembro de 2016 às 15:53

Vamos colocar a Carris "nos trilhos"

A Carris nasceu pela iniciativa de um empresário, Manoel de Miranda e Castro, em 1872, com autorização dada por decreto imperial. Na época, Porto Alegre tinha aproximadamente 44 mil habitantes. O serviço de transporte coletivo oferecido por ela iniciou-se com bondes importados dos Estados Unidos, puxados por burros, e que corriam em trilhos, entre o centro e o Arraial do Menino Deus.
A Carris nasceu pela iniciativa de um empresário, Manoel de Miranda e Castro, em 1872, com autorização dada por decreto imperial. Na época, Porto Alegre tinha aproximadamente 44 mil habitantes. O serviço de transporte coletivo oferecido por ela iniciou-se com bondes importados dos Estados Unidos, puxados por burros, e que corriam em trilhos, entre o centro e o Arraial do Menino Deus.
Em 1893 surgiu uma segunda empresa na cidade, a Carris Urbanos de Porto Alegre, que atendia a zona norte. Em 1906 fundem-se e em 1908 começa a circular o primeiro bonde elétrico, revolucionando o transporte na época. Em 1926 o controle acionário passou para as mãos de um grupo norte-americano. Passados algumas décadas, exauridos pela escassez de recursos técnicos consumidos pelo país na Segunda Guerra Mundial, seguidos prejuízos financeiros e a necessidade de grandes investimentos para atualização tecnológica, fizeram com que os americanos propusessem a encampação da empresa. O prefeito da época, Leonel Brizola, encaminha para a Câmara de Vereadores, que aprova em 1954 a Lei 1069, que efetiva o controle acionário por parte do município.
Nos anos seguintes, outras empresas de transporte coletivo começaram a operar, através de ônibus, e a própria Carris começou a desativar os bondes, terminando em definitivo este tipo de veículo em 1970, e operando apenas com ônibus. De lá para cá, a empresa passou por grandes transformações, inclusive tendo participação acionária do governo federal para poder expandir suas atividades. Sensível à economia nacional, foram diversos os períodos de recessão que a empresa padeceu. Mas como sempre, a empresa se ergueu, chegando ao ápice em 1999, quando a Associação Nacional dos Transportes Públicos concedeu à Companhia Carris Porto-Alegrense o prêmio de "a melhor empresa de ônibus urbano do Brasil".
Hoje nos deparamos com esta empresa novamente em dificuldades. A história nos ensina que nada é definitivo. Devemos considerar o passado antes de nos posicionarmos pelo simplismo da privatização da Carris. Busquemos os melhores gestores, para colocar novamente a Carris "nos trilhos". Vamos ouvir os funcionários da empresa, os seus usuários. Vamos honrar este lindo capítulo de nossa história. Porto Alegre cresceu com a ajuda da Carris, e que, agora, precisa da nossa ajuda.
Vereador (PT)
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