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Opinião

- Publicada em 11 de Novembro de 2016 às 17:28

Enem: réguas do passado e do futuro

O Exame Nacional do Ensino Médio - Enem foi introduzido há 18 anos com o intuito inicial de medir a qualidade do Ensino Médio. A partir da década passada, gradativamente, transformou-se, quase que exclusivamente, em teste nacional de admissão ao Ensino Superior. Não há nenhum conflito essencial impedindo que ele possa cumprir satisfatoriamente os dois papéis. As questões mais relevantes são: primeiro, saber o que se está medindo e, segundo, se a régua utilizada para mensurar, que finda induzindo o que as escolas devem fazer ou priorizar, tem compatibilidade com o presente e o futuro ou com o passado.
O Exame Nacional do Ensino Médio - Enem foi introduzido há 18 anos com o intuito inicial de medir a qualidade do Ensino Médio. A partir da década passada, gradativamente, transformou-se, quase que exclusivamente, em teste nacional de admissão ao Ensino Superior. Não há nenhum conflito essencial impedindo que ele possa cumprir satisfatoriamente os dois papéis. As questões mais relevantes são: primeiro, saber o que se está medindo e, segundo, se a régua utilizada para mensurar, que finda induzindo o que as escolas devem fazer ou priorizar, tem compatibilidade com o presente e o futuro ou com o passado.
Vivemos um mundo em transformação rápida e profunda, marcado pelo acesso ilimitado, instantâneo e gratuito à informação. A consequência educacional é que, diferentemente do passado, onde boa parte da formação de um profissional estava centrada em dotá-lo de um conjunto razoavelmente delimitado de conteúdos, técnicas e procedimentos, hoje, igualmente relevante é educar tendo em vista aumentar a sua capacidade de, a partir dos dados plenamente disponibilizados, resolver problemas e enfrentar desafios, além de aprender a aprender continuamente.
Um Enem que seja compatível com o mundo contemporâneo e projete o futuro deverá conter questões e desafios onde as respectivas soluções dependam de elementos que possam ir além. Em outras palavras, necessitamos de réguas capazes de também identificar e mensurar a capacidade do uso da lógica e do raciocínio crítico, a habilidade em interpretar e analisar textos fazendo uso dos dados disponibilizados, e o nível de desenvolvimento de outros atributos que transcendem o domínio simples de conteúdos específicos.
Reitor da Universidade Estácio de Sá
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