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Opinião

- Publicada em 07 de Novembro de 2016 às 16:41

O aprendizado industrial na volta dos empregos

Simplesmente buscar culpados pelos graves problemas econômicos pelos quais o Brasil passa não adianta. Temos que procurar a reativação da economia, gerar empregos e minorar o brutal déficit das contas públicas.
Simplesmente buscar culpados pelos graves problemas econômicos pelos quais o Brasil passa não adianta. Temos que procurar a reativação da economia, gerar empregos e minorar o brutal déficit das contas públicas.
Nesse contexto, é boa a notícia publicada no Jornal do Comércio de que o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) já está se preparando para a retomada do crescimento econômico no País. Para o Senai, com a reativação da economia nos próximos anos, o Brasil terá que qualificar 13 milhões de trabalhadores para a indústria até 2020.
De acordo com estudo divulgado pelo Senai, que é ligado à Confederação Nacional da Indústria (CNI), 28% dessa demanda - 3,6 milhões - se refere a empregos novos e os outros 72%, à requalificação de profissionais que já estão trabalhando.
Com base em projeções de cenários para a recuperação da economia brasileira nos anos à frente - 1,2% em 2017, 2,5% em 2018, 2,8% em 2019 e 3,1% em 2020 -, o estudo aponta que a indústria da construção demandará o aperfeiçoamento de 3,8 milhões de profissionais entre 2017 e 2020, seguida pela área de meio ambiente e produção, com uma demanda esperada de 2,4 milhões de trabalhadores qualificados.
Outros setores industriais destacados pela necessidade de qualificação profissional nos próximos quatro anos são: metalmecânico, com 1,7 milhão de trabalhadores; alimentos, com 1,2 milhão; vestuário e calçados, precisando de 974,5 mil profissionais; tecnologias da informação e comunicação, com 611,2 mil; energia, com 661,6 mil vagas; veículos, com 435,7 mil; química e petroquímica, com 327,6 mil; e madeira e móveis, com 258,5 mil.
Convenhamos, é muita gente que poderá e será, quase certamente, aproveitada após a roda da economia voltar a girar com força, conforme projetado, para 2017 em diante.
O chamado Mapa do Trabalho Industrial 2017-2020 aponta que a maior parte dessa demanda por formação e aperfeiçoamento de 13 milhões de profissionais se refere a postos com qualificação de até 200 horas, com 7,199 milhões de postos de trabalho. Ocupações com qualificação superior a 200 horas responderão por 3,348 milhões de postos. Em seguida, aparecem as demandas por trabalhadores de níveis técnico, total de 1,836 milhão, e superior, com 625,4 mil profissionais.
O estudo mostra ainda que mais da metade dessa demanda estaria concentrada na região Sudeste, com 6,755 milhões de postos até 2020. O Sul deve responder por 2,673 milhões, ou 16,5% do total. Depois, as regiões Nordeste, com 1,980 milhão; Centro-Oeste, com 916,9 mil; e Norte, com 684 mil trabalhadores.
Existe um grave problema na matriz educacional brasileira, pois menos de 17% dos jovens brasileiros chegam ao Ensino Superior. O Ensino Médio brasileiro está na direção errada e faz-se necessário revisar esse modelo, segundo avalia o diretor-geral do Senai, Rafael Lucchesi. Ele defende que o Brasil precisa pensar em um modelo educacional que prepare os jovens para a sua inserção no mundo do trabalho.
Para Lucchesi, a educação profissional tem um papel importante para a recuperação da economia nos próximos anos. "Temos que enxergar a educação profissional como uma maneira de manter uma empregabilidade maior da população." Certamente isso terá impacto positivo sobre a produtividade na indústria.
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