Nos últimos dois dias, cerca de 40 pessoas morreram em Taiz, no Iêmen, em conflitos que vêm se agravando desde o fim de um cessar-fogo entre rebeldes xiitas houthi e forças leais ao governo do presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi, reconhecido internacionalmente e apoiado por uma coalizão militar liderada pela Arábia Saudita.
Tropas governistas tentam reaver o controle da cidade, sitiada pelos rebeldes há um ano. De acordo com a Cruz Vermelha, os hospitais da cidade, localizada no Sudoeste do país árabe, receberam cerca de 200 feridos nos últimos dias.
Alvejados por explosões, muitos deles sofreram ferimentos graves, chegando a ter partes do corpo amputadas. O grupo de ajuda humanitária internacional também denunciou o estado crítico de Taiz, afirmando que corpos apodrecem nas ruas e que civis estão encurralados em meio a tiroteios.
Desde março do ano passado, tropas da coalizão militar combatem tanto os rebeldes houthi quanto aliados do ex-ditador Ali Abdullah Saleh, que detém o controle de grande parte do Norte do Iêmen, incluindo a capital, Sanaa. Segundo um porta-voz da coalizão, o cessar-fogo, declarado depois de quase dois anos de conflito, terminou na segunda-feira, com ambos os lados trocando acusações de que o adversário não respeitara as regras do acordo.