Começou nesta quarta-feira (23) o julgamento do bancário Ricardo Neis, que atropelou 17 ciclistas no bairro Cidade Baixa, em Porto Alegre, em fevereiro de 2011. A audiência aconteceu pela manhã e, após recesso no horário do almoço, segue durante esta tarde. A previsão de duração é de até dois dias, e o motorista irá responder pelos crimes de tentativa de homicídio e lesão corporal.
Visivelmente abatido, o bancário evitou olhar para o público durante o julgamento, no qual estavam presentes alguns dos ciclistas atropelados na época.
O promotor Eugênio Amorin saiu em defesa do movimento Massa Critica. “A decisão nos dará uma ideia, embora o que interessa é que a prova do processo, muito mais do que discussões ideológicas, vai nos dar uma ideia de como nós encaramos a violência no trânsito, o egoísmo, a barbárie a partir de um ato de tanto individualismo quanto o cometido pelo acusado”, afirmou.
O juiz Maurício Ramires falou após a inquisição das vítimas e das testemunhas indicadas pela defesa, afirmando não ter como prever a duração do julgamento. “Estamos prontos para que o julgamento seja interrompido para o pernoite e de que só seja finalizado amanhã, mas não está proibido que o julgamento seja feito todo hoje. Isso vai depender mais do andamento e da rapidez dos atos do que da minha vontade”, disse.
A acusação quer pedir ao menos 25 anos de prisão para Ricardo Neis.