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Geral

- Publicada em 20 de Novembro de 2016 às 19:03

Acesso à educação reforça desigualdade racial

Uma pesquisa feita pelo movimento Todos Pela Educação mostrou que a educação para brancos e negros é desigual no Brasil. Os brancos apresentam melhores indicadores, frequentam mais a escola e se saem melhor em avaliações nacionais. A conclusão do estudo é que a falta de oferta de educação de qualidade aumenta a desigualdade. A pesquisa é alusiva ao Dia da Consciência Negra, comemorado ontem.
Uma pesquisa feita pelo movimento Todos Pela Educação mostrou que a educação para brancos e negros é desigual no Brasil. Os brancos apresentam melhores indicadores, frequentam mais a escola e se saem melhor em avaliações nacionais. A conclusão do estudo é que a falta de oferta de educação de qualidade aumenta a desigualdade. A pesquisa é alusiva ao Dia da Consciência Negra, comemorado ontem.
Os pretos e os pardos representam 52,9% da população brasileira. No entanto, enquanto a média de renda do País é R$ 1.012,25, os pretos possuem renda familiar per capita de R$ 753,69, enquanto os pardos recebem cerca de R$ 729,50. Os brancos têm renda média de R$ 1.334,30.
O desemprego é maior entre os pretos (7,5%) e pardos (6,8%) do que entre os brancos (5,1%). O trabalho infantil, por sua vez, afeta mais os pardos (7,6%) e, em seguida, os pretos (6,5%), sendo menos comum entre os brancos (5,4%).
A taxa de analfabetismo é muito maior entre negros (11,2% para pretos e 11,1% para pardos) do que entre brancos (5%). Até os 14 anos, as taxas de frequência escolar têm pequenas variações entre as populações, mas são semelhantes. A partir dos 15 anos, contudo, as diferenças são ampliadas. Ao mesmo tempo em que 70,7% dos brancos de 15 a 17 anos estão no Ensino Médio, apenas 55,5% dos pretos e 55,3% dos pardos estão nessa etapa.
No terceiro ano do Ensino Médio, 38% dos brancos têm o aprendizado adequado em português, enquanto a conformidade está presente apenas em 21% dos pardos e 20,3% dos pretos. Em matemática, os percentuais de adequação são de 15,1% entre brancos, 5,8% entre pardos e 4,3% entre pretos.
Outra pesquisa a respeito mostrou que, mesmo tendo aumentado o acesso à educação na última década, o Brasil incluiu de maneira desigual crianças brancas e negras. Essa foi a conclusão de um relatório sobre o Plano Nacional de Educação feito pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep).
Com exceção do Ensino Fundamental, praticamente universalizado, a distância entre negros e brancos foi ampliada em todas as etapas entre 2004 e 2014. A fase mais problemática é de zero a três anos, quando as crianças estão na creche. Em 2014, 38% das crianças brancas nessa faixa etária estavam matriculadas. Entre as negras, o índice era de 29%. Em 2009, a distância era de 28% contra 24%.
 
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