Em assembleia geral com cerca de 2 mil professores e funcionários da rede estadual de ensino gaúcha, o Cpers/Sindicato aprovou na sexta-feira indicativo de greve por tempo indeterminado a partir de 21 de dezembro, caso o governo do Estado não pague o 13º salário à categoria até o dia anterior. Com a paralisação, as notas dos estudantes não seriam entregues e os alunos poderiam perder o ano letivo.
Caso a greve se confirme, será a segunda do ano. Em virtude do parcelamento de salários dos servidores estaduais, os professores paralisaram suas atividades durante 50 dias entre final de maio e início de julho de 2016. Muitas das escolas do Estado ainda não repuseram os dias parados.
Segundo a presidente do Cpers, Helenir Aguiar Schürer, inúmeros docentes atravessam uma grave crise financeira em função do parcelamento, que afeta, inclusive, sua subsistência. "O governo deve apresentar um novo pacote e nele poderá constar o aumento da contribuição da nossa previdência. Temos muitos motivos para lutar e faremos grandes mobilizações pelo Estado até que nossos direitos sejam respeitados", destaca.
O pacote de mudanças será apresentado pelo governador José Ivo Sartori nesta semana aos deputados estaduais. O Cpers já agendou nova assembleia geral para o dia 8 de dezembro, no Ginásio Gigantinho, para organizar atividades de combate às modificações propostas.