Começou na manhã desta quarta-feira (9) uma paralisação de dois dias dos trabalhadores da saúde de hospitais e clínicas ligados. A paralisação cobra uma melhor proposta salarial do Sindicato de Hospitais e Clínicas de Porto Alegre (Sindihospa). Pela manhã, foram realizados piquete em diversos hospitais da cidade, entre eles o Hospital Conceição.
O presidente do Simers (Sindicato Médico do Rio Grande do Sul), Paulo de Argollo Mendes, um dos 18 sindicatos que apoiam o ato, ressaltou a intensidade e unificação da mobilização e destacou que a paralisação está sendo amplamente divulgada. "O sindicato médico tem usado todos os meios de comunicação, rádio, televisão e jornal, para avisar a população que se abstenha de procurar o hospital, salvo em caso de risco de vida. Estes casos estão sendo 100% atendidos", afirmou. Já cirurgias e consultas terão apenas 30% de seus atendimentos garantidos hoje e amanhã.
A paralisação mais de uma dezena de hospitais de Porto Alegre, nos quais estão 5.061 leitos, sendo 3.490 leitos do SUS.
Em coletiva realizada ontem, Argollo Mendes disse as categorias tentam há meses uma negociação com o Sindihospa. A reivindicação dos trabalhadores era de reposição do índice inflacionário, que está em 9,91%, e mais 5,09% de aumento real. A contraproposta da patronal foi pagar 3,5% na próxima folha de pagamento, sem retroativos, e mais 1,5% em dezembro, totalizando 5% de reajuste, referente a metade da reposição da inflação. Os profissionais pedem ainda melhores condições de trabalho, segurança e alertam para o número reduzido de leitos.
Veja a lista dos hospitais que aderiram à paralisação:
- Grupo Hospitalar Conceição (hospitais Fêmina, Cristo Redentor, Conceição e Criança Conceição)
- Hospital de Clínicas de Porto Alegre
- Hospital São Lucas/Pucrs
- Hospital Ernesto Dorneles
- Hospital Mãe de Deus
- Hospital Moinhos de Vento
- Hospital Parque Belém
- Hospital Porto Alegre
- Hospital Vila Nova