Após tombo de terça, Bovespa abre em alta com euforia no petróleo

A euforia no mercado de petróleo na manhã desta quarta-feira (30), reflete diretamente no mercado de ações brasileiro. As ações da Petrobras sobem com a mesma força que os contratos futuros de petróleo e representam cerca de 45% do volume negociado na Bovespa perto do fim da manhã.

Às 10h20min, o Ibovespa subia 1,95% aos 62.173,67 pontos. A PN subia 8,32%, e a ON, 7,43%. O petróleo do tipo Brent (contrato para fevereiro) avançava 7,88%. O WTI (contrato para janeiro) avançava 8,07%.

No noticiário doméstico, a aprovação em primeiro turno no Senado da emenda constitucional que impõe um limite para o crescimento das despesas públicas favorece a valorização dos papéis do Ibovespa. Segundo a área de análise do banco Bradesco, "o mercado deve reagir positivamente à aprovação em primeiro turno no Senado da PEC dos gastos".

Já analistas tendem a observar com atenção a retaliação a membros do Judiciário aprovada dentro do pacote anticorrupção pela Câmara dos Deputados. A decisão dos deputados contraria a sinalização dada pelo presidente da República, Michel Temer, no domingo e também a comoção popular. Ou seja, é um ponto de incerteza quanto ao alinhamento da base aliada ao presidente e também às manifestações populares. A evolução da reforma da previdência tende a depender da aderência e do apoio social.

Sobre a atividade econômica, o IBGE confirmou a fraqueza do PIB, que recuou 0,8% no terceiro trimestre em relação ao segundo trimestre deste ano. A situação ruim veio como alerta em comunicado da FGV. Apesar de a instituição ter captado uma melhora na confiança dos empresários da indústria, a área de pesquisa afirma que o ambiente de negócios permanece "ainda bastante desfavorável".

O PIB em queda favorece, no entendimento dos analistas da LCA Consultores, a queda da taxa Selic. A decisão do Copom sobre os juros será anunciada nesta quarta depois do encerramento dos negócios. Levantamento do Projeções Broadcast mostrou que 60 das 70 estimativas coletadas indicam um corte de 0,25 ponto porcentual na reunião.