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Economia

- Publicada em 29 de Novembro de 2016 às 19:40

Dólar sobe com exterior, mas desacelera de olho na cena doméstica

Agência Estado
O dólar fechou em alta frente ao real nesta terça-feira, 29, mas distanciou-se das máximas durante a tarde. O avanço da divisa norte-americana foi determinado pela acentuada queda nos preços de petróleo e pela perspectiva de que o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos está prestes a começar, podendo ser mais acentuado que o esperado em 2017.
O dólar fechou em alta frente ao real nesta terça-feira, 29, mas distanciou-se das máximas durante a tarde. O avanço da divisa norte-americana foi determinado pela acentuada queda nos preços de petróleo e pela perspectiva de que o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos está prestes a começar, podendo ser mais acentuado que o esperado em 2017.
Por outro lado, o mercado entrou em ritmo de espera pela votação no Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Teto de Gastos. A expectativa de aprovação da medida já foi embutida no câmbio, mas o tamanho do apoio entre os parlamentares pode determinar a confiança do mercado nas reformas do governo, disseram profissionais ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado.
No mercado à vista, o dólar encerrou em alta de 0,26%, aos R$ 3,3951. De acordo com dados registrados na clearing da BM&FBovespa, o volume de negócios somou US$ 1,219 bilhão. Já no segmento futuro, o contrato de dólar para dezembro fechou com elevação de 0,43%, aos R$ 3,4005, com giro total de US$ 13,277 bilhões.
No início do dia, houve alguma volatilidade no câmbio. A divisa abriu em alta, mas contou, pontualmente, com pressão de "vendidos" em contratos cambiais, como bancos e fundos nacionais, e algumas ofertas de exportadores, de acordo com profissionais ouvidos pelo Broadcast. Nas mínimas, o dólar à vista caiu aos R$ 3,3809 (-0,16%) e o contrato futuro para dezembro marcou R$ 3,3820 (-0,12%).
Em seguida, prevaleceu o efeito do exterior. Lá fora, o dia foi marcado pelo ceticismo com um possível acordo entre integrantes da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que se reúnem amanhã para tentar limitar a produção da commodity. Com isso, os contratos futuros de petróleo chegaram a cair mais de 4% na sessão, prejudicando a demanda por ativos de risco.
Também alimentou a busca por dólar, em detrimento de moedas de mercados emergentes, a consolidação de apostas de que o Federal Reserve deve começar seu ciclo de alta de juros em dezembro. Hoje, as expectativas foram reforçadas por uma série de indicadores econômicos melhores que o esperado, como a segunda estimativa do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre.
Nas máximas, o dólar à vista subiu aos R$ 3,4125 (+0,77%), enquanto o contrato futuro para dezembro marcou R$ 3,4150 (+0,86%).
O ritmo de avanço, entretanto, não se sustentou ao longo da tarde e a alta desacelerou conforme as atenções se voltavam para o cenário doméstico. Os senadores da base do governo calculam que a PEC do Teto receberá apoio de 62 a 65 votos no plenário do Senado, enquanto são necessários no mínimo 49 votos. A sessão da votação em primeiro turno, que foi iniciada no final da tarde, é vista pelo mercado como termômetro para a sequência de outras medidas de Michel Temer, a exemplo da reforma previdenciária.
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