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Economia

- Publicada em 29 de Novembro de 2016 às 17:27

Investimento em 2016 deve alcançar US$ 5,6 bilhões, anuncia Vale

Agência Estado
O presidente da Vale, Murilo Ferreira, abriu a apresentação a investidores da companhia no Vale Day, em Nova Iorque, afirmando que a Vale quer melhorar sua competitividade. Ao fazer um balanço do ano, Ferreira apresentou estimativa de que os investimentos da Vale este ano somarão US$ 5,6 bilhões.
O presidente da Vale, Murilo Ferreira, abriu a apresentação a investidores da companhia no Vale Day, em Nova Iorque, afirmando que a Vale quer melhorar sua competitividade. Ao fazer um balanço do ano, Ferreira apresentou estimativa de que os investimentos da Vale este ano somarão US$ 5,6 bilhões.
Desse total, US$ 2,4 bilhões serão gastos com manutenção de operações existentes e US$ 3,2 bilhões para a execução de projetos, como o S11D. O valor é mais alto que a última estimativa divulgada, de US$ 4,5 bilhões para o ano.
Ferreira também destacou que a Vale atingiu a marca de US$ 13 bilhões com a venda de ativos nos últimos seis anos. Em 2016 a companhia levantou até agora US$ 1,1 bilhão com a operação de venda de fluxo de ouro e venda de 4 navios do tipo VLOC.
O executivo destacou também que a Vale atingiu níveis sem precedentes em 2016 de eficiência operacional e produtividade. Segundo Murilo a companhia continuará em uma busca incessante por "fazer mais com menos". As despesas da Vale, destacou, caíram 8% desde 2012, apesar de aumento nos volumes e da pressão inflacionária.
"Nosso objetivo é reduzir a alavancagem no curto prazo", disse Ferreira, que reafirmou a meta de redução de dívida líquida para a casa de US$ 15 bilhões a US$ 17 bilhões até o fim de 2017. A apresentação da Vale aos investidores foi batizada de "A volta de um líder".
O diretor executivo de Ferrosos da Vale, Peter Poppinga, reafirmou em apresentação a investidores em Nova Iorque a estimativa de produção de minério de ferro em 2017 para um volume entre 360 milhões e 380 milhões de toneladas.
"A Vale vai manter disciplina na produção para maximizar suas margens", disse Poppinga. A estratégia tem levado a mineradora a buscar patamares mais modestos de produção. No Vale Day do ano passado a estimativa para 2017 ficava entre 380 milhões e 400 milhões de toneladas, mas já havia sido reduzida ao longo deste ano.
Para 2018, a companhia divulgou um guidance (estimativa) de produção entre 400 milhões e 420 milhões de toneladas. Nos anos seguintes a companhia mantém sempre um piso de 400 milhões de toneladas, com teto de 430 milhões de toneladas em 2019 e 450 milhões de toneladas em 2020 e 2021. Nesses dois últimos anos a produção no Sistema Norte, onde está o projeto S11D, o maior da Vale, chegaria a 230 milhões de toneladas.
De acordo com Poppinga, a Vale ampliará a estratégia de "blendar" minérios de melhor qualidade com outros de menor teor de ferro no exterior. No próximo ano a capacidade de "blendagem offshore" da mineradora passará das atuais 40 milhões de toneladas para uma faixa de 80 milhões de toneladas a 90 milhões de toneladas. A companhia também elevará de 25% para 35% o porcentual dos estoques de minério que estarão em suas bases no exterior.
Em seu centro de distribuição na Malásia, a Vale faz a mistura do minério de ferro, ou seja, a "blendagem" de minério do Sistema Norte com minério do Sistema Sul, o que na prática ajuda a mineradora a aproximar seus estoques de seus clientes na Ásia. O "Brazilian Blend" tem maior teor de ferro, menos fósforo e menos alumina quando comparado ao de concorrentes, por isso recebe um prêmio.
Na apresentação, Poppinga informou que o custo caixa corrente do minério de ferro no porto da Vale é de US$ 13 a tonelada. Considerando apenas Carajás é de US$ 10,8 a tonelada. Em S11D, segundo a Vale, será de US$ 7,7 a tonelada.
No Vale Day, o diretor informou ainda que o Ebitda por tonelada de minerais ferrosos deve aumentar de US$ 3 por tonelada a US$ 5 por tonelada até 2020.
Vale anuncia investimento de US$ 4,5 bilhões para 2017
A Vale apresentou também suas projeções de investimento para os próximos anos, com estimativa de queda. A expectativa é que em 2017 os gastos (capex) da mineradora fiquem em US$ 4,5 bilhões, abaixo dos US$ 5,6 bilhões estimados para 2016.
Para 2018, o investimento deve ficar no mesmo patamar do esperado para o ano que vem, caindo para US$ 4 bilhões em 2019. Os números foram apresentados pelo diretor executivo financeiro da Vale, Luciano Siani, que destacou que a companhia deve ter patamar de investimento menor nos próximos anos quando comparado com outras mineradoras do mundo. Em 2021, a estimativa da empresa é de capex de US$ 2,9 bilhões.
Siani afirmou que os investimentos da Vale nos próximos anos serão em sua maioria em manutenção e reposição de capacidade. Também na apresentação, o presidente da companhia, Murilo Ferreira, disse que desde 2012 até 2016 os gastos com investimento da mineradora caíram 65%. Em 2012, o montante bateu em US$ 16,2 bilhões. A implementação bem-sucedida de projetos aliada a disciplina na alocação de capital, permitiu a redução dos investimentos, ressaltou o executivo.
"O mercado acionário foi muito duro com a Vale", disse Siani, destacando que a companhia está caminhando em direção a menor alavancagem, geração de caixa e maior eficiência. Para 2017, o executivo destacou que o mercado espera que a empresa tenha fluxo de caixa positivo. A projeção da empresa é que o fluxo de caixa livre acumulado pode atingir mais de US$ 19 bilhões em 2021.
Sobre o endividamento, Siani ressaltou que, com base nas estimativas de agora, a Vale tem US$ 12,4 bilhões de dívida para amortizar entre 2017 e 2020 e está em uma situação confortável. A empresa tem US$ 5 bilhões com os bancos em linhas de crédito rotativo, de acordo com a apresentação mostrada no evento.
Caso o preço do minério de ferro fique na casa dos US$ 50 a tonelada, Siani destacou que a distribuição de dividendos pode atingir níveis mais altos e a dívida se reduzirá. Caso o preço suba para US$ 60, a distribuição dos dividendos certamente será maior e a dívida se reduzirá "rapidamente".
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) dos negócios de carvão da Vale deve ficar positivo em 2017, disse o diretor para a área da companhia, Roger Downey, durante apresentação para investidores da empresa em Nova York nesta terça-feira, 29. A projeção é que o Ebitda ajustado fique negativo este ano em um intervalo entre US$ 175 milhões e US$ 200 milhões. Em 2017, a previsão é que o indicador esteja positivo entre US$ 250 milhões e US$ 600 milhões.
O Ebitda ajustado da operação de carvão se aproximou do ponto de equilíbrio no terceiro trimestre, mas ainda está negativo em US$ 161 milhões no acumulado do ano.
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