Após uma sequência de altas na esteira da vitória de Donald Trump como presidente eleito dos Estados Unidos, o dólar não apresentou direção definida ante seus principais rivais, nesta sexta-feira (11), mas avançou de forma generalizada na comparação com divisas de países emergentes e associados ao petróleo.
No fim da tarde em Nova Iorque, o dólar recuava para 106,76 ienes, de 106,94 ienes na tarde de ontem; o euro caía para US$ 1,0849, de US$ 1,0892; e a libra avançou para US$ 1,2601 de US$ 1,2555. A moeda do Reino Unido ganhou terreno apoiada no arrefecimento dos temores sobre o Brexit.
O surpreendente resultado da eleição presidencial americana provocou, a princípio, uma forte aversão ao risco e a queda da moeda americana - uma vez que os mercados precificavam a vitória da rival democrata de Trump, Hillary Clinton. No entanto, ao passo em que os traders digeriam as notícias dos EUA, os temores sobre os possíveis impactos negativos do futuro governo Trump se atenuaram.
Ontem, o dólar se valorizou apoiado por expectativas de alta de juros nos próximos meses e aumento dos gastos fiscais na administração do novo presidente eleito, que prometeu impulsionar a economia e a infraestrutura norte-americana. Hoje, o movimento foi semelhante.
As moedas de países emergentes e associados ao petróleo foram particularmente prejudicadas em decorrência do declínio dos preços da commodity. Um relatório divulgado hoje pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) mostrou que o cartel aumentou sua produção em outubro, levantando preocupações sobre a oferta do produto. Como resultado, o dólar subiu para 65,779 rublos russos, avançou para 1,3546 dólares canadenses e escalou para 20,9014 pesos mexicanos.