Israel é pouco menor do que o estado do Sergipe, mas tem uma capacidade de inovação reconhecida mundialmente. O país tem o segundo maior centro de startups no planeta e deu para o mundo tecnologias usadas cotidianamente, como
smartphones, pendrives e o aplicativo Waze.
O cônsul-geral de Israel em São Paulo, Dori Goren, reuniu-se com o governador José Ivo Sartori (PMDB) para tratar de possíveis parcerias. No ano passado o intercâmbio comercial entre o Estado e Israel foi de US$ 32,5 milhões em exportações e
US$ 90,6 milhões em importações. Para Goren, existe a possibilidade de cooperação em áreas diversas, com investimentos em novas tecnologias.
Para o cônsul, as Forças Armadas de seu país contribuíram para o desenvolvimento de produtos nacionais de ponta. "A realidade da segurança de Israel exigiu que nos aprimorássemos tecnologicamente", salienta. Para ele, é fundamental o engajamento do governo, da academia e da iniciativa privada na pesquisa e desenvolvimento.
Cada universidade do país tem sua própria empresa. Lá também foi criado o cargo de cientista-chefe, uma espécie de secretário do empreendedorismo. Isso porque, de acordo Goren, o país recebeu imigrantes soviéticos na década de 1990. "Tínhamos engenheiros ótimos recém-chegados ao país, sem a visão de empreendedorismo", comenta.
Assim foi criado um sistema que disponibiliza verbas para projetos inovadores. Por ano, são disponibilizados cerca de US$ 300 milhões. Deste montante, cerca de US$ 250 milhões retornam ao programa por meio de contrapartida dos produtos que deram certo. Aqueles que não conquistaram espaço de mercado não são obrigados a devolver os valores. Eles podem, inclusive, tentar a reformulação de seu projeto para voltar ao programa.