Os juros futuros encerraram em alta, que foi mais expressiva entre os contratos de longo prazo, a exemplo do que tem sido visto nos dois últimos dias. As taxas mostraram avanço desde a abertura nesta sexta-feira (11) mas na última hora da sessão regular o movimento perdeu força graças à desaceleração dos ganhos do dólar ante o real. A incerteza sobre como será o governo de Donald Trump continuou produzindo aversão ao risco e servindo pano de fundo para explicar a trajetória ascendente das taxas.
Ao final da etapa regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2018 terminou com taxa de 12,33%, de 12,26% no ajuste anterior. A taxa do DI janeiro de 2019 ficou em 11,87%, de 11,82%. A taxa do DI janeiro de 2021 subiu de 11,88% para 11,99%.
O risco de um aperto mais forte na política monetária norte-americana nos anos Trump e suas consequências para as economias emergentes continuou estimulando a zeragem de posições vendidas ao longo da curva em boa parte da sessão, pressionando as taxas para cima, mesmo depois da estilingada vista nas sessões recentes.
"O ambiente é de bastante incerteza, que ainda deve durar algum tempo. Não se sabe por quanto tempo o mercado vai operar no escuro", disse o economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Melo.
Mas o estresse foi suavizado a partir da última hora da sessão regular, graças à atuação do Banco Central no segmento de câmbio, que resultou na desaceleração do dólar ante o real e, consequentemente, reduziu o ímpeto de avanço das taxas futuras.
Quando o mercado observava nova onda de ganhos do dólar frente ao real, com a moeda rompendo o nível de R$ 3,50, o BC fez dois anúncios sequenciais de leilões de contrato de swap cambial, depois de já ter realizado uma operação deste tipo pela manhã.