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Conjuntura

- Publicada em 10 de Novembro de 2016 às 22:10

Para Meirelles, interesse estrangeiro indica retomada

Ministro disse que ajuste fiscal dará base para recuperar a economia

Ministro disse que ajuste fiscal dará base para recuperar a economia


EVARISTO SA/AFP/JC
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o interesse dos investidores estrangeiros pelo Brasil é uma sinalização da retomada da confiança na economia brasileira, fruto da estabilidade das regras do jogo e do marco regulatório. O ministro cancelou a viagem que faria a São Paulo, onde participaria da abertura do Salão do Automóvel, para acompanhar encontro do presidente Michel Temer, em Brasília, com integrantes da multinacional petrolífera Royal Dutch Shell. "É uma retomada de confiança no Brasil, é mais um sinal claro disso", afirmou.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o interesse dos investidores estrangeiros pelo Brasil é uma sinalização da retomada da confiança na economia brasileira, fruto da estabilidade das regras do jogo e do marco regulatório. O ministro cancelou a viagem que faria a São Paulo, onde participaria da abertura do Salão do Automóvel, para acompanhar encontro do presidente Michel Temer, em Brasília, com integrantes da multinacional petrolífera Royal Dutch Shell. "É uma retomada de confiança no Brasil, é mais um sinal claro disso", afirmou.
Especificamente sobre o encontro do grupo com o governo brasileiro, Meirelles disse que existe uma "expectativa grande" sobre a recuperação do mercado de petróleo no futuro. "Essa é uma expectativa da indústria, não nossa, necessariamente", acrescentou, lembrando que o setor tem investido em áreas promissoras.
Ao deixar o Ministério da Fazenda para ir ao encontro, questionado sobre a ajuda que o governo federal poderá dar para que estados e municípios possam pagar o 13º salário dos servidores públicos, o ministro disse que a equipe econômica deve assegurar que o ajuste fiscal e quaisquer outras medidas fiquem dentro das limitações do Tesouro Nacional. "Isso que é fundamental, porque o ajuste fiscal é que vai dar base para a recuperação da economia, que gera, entre outras coisas, a arrecadação dos estados", afirmou.
Segundo Meirelles, entre as alternativas para ajudar os estados, sem prejudicar o ajuste fiscal, estão em estudo a viabilização da securitização de receitas futuras. O assunto foi discutido na quarta-feira durante visita do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do governador Luiz Fernando Pezão, ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em Brasília.
Meirelles não confirmou acordo do governo federal para que a multa da repatriação, após aprovada a nova regra em discussão no Congresso Nacional, seja dividida com os estados, como anunciado pelo governador de Goiás, Marconi Perillo. "É um assunto que está sendo discutido no Congresso Nacional e, no momento, a apresentação do projeto do senador Renan Calheiros contempla a extensão de prazo do projeto anterior. É isso que está hoje na mesa", concluiu.
O projeto apresentado por Renan prevê que o dinheiro enviado ao exterior sem declaração à Receita Federal seja regularizado mediante o pagamento de 17,5% de Imposto de Renda e mais 17,5% de multa.
O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, informou, após seminário no Tribunal de Contas da União, que a proposta de Orçamento para o ano de 2017 deve incluir uma expectativa de receita para a União de R$ 10 bilhões com a nova regra de repatriação de ativos no exterior. Segundo ele, o relator do Orçamento que cuida das receitas, o deputado Daniel Vilela (PMDB-GO), incorporou para o próximo ano "uma possível nova rodada de repatriação". "É muito difícil fazer uma estimativa. O que nós temos é que ele manifestou a intenção de incorporar R$ 10 bilhões de receitas para a União.

Shell projeta investir de US$ 10 bilhões no Brasil até 2020

O presidente mundial da Shell, Ben van Beurden, afirmou que a empresa investirá US$ 10 bilhões no Brasil nos próximos quatro anos, em portfólios atuais da petrolífera, e elogiou o projeto que desobriga a Petrobras a ser operadora única do pré-sal, que nesta quarta-feira foi liberado pela Câmara para ir à sanção do presidente Michel Temer. Executivos da petrolífera e de fundos foram recebidos por Temer no Palácio do Planalto nesta quinta-feira, ao lado dos ministros da Fazenda, Henrique Meirelles, de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, e de Moreira Franco, secretário responsável por concessões e parcerias com a iniciativa privada.
"Escolhemos tornar o Brasil um dos três países com mais investimentos da Shell no mundo - declarou o presidente da Royal Dutch Shell, ressaltando o "senso de urgência" na gestão de Temer, que "entende a importância de investimentos estrangeiros".
Os US$ 10 bilhões estimados são de projetos atuais da empresa, prioritariamente no pré-sal. A multinacional comprou a concorrente BG em fevereiro deste ano, e cita o campo de Libra como alvo de aportes nos próximos anos. Ben van Beurden não descarta participar de leilões que ainda acontecerão, mas pede "atenção" do governo para a responsabilidade fiscal.
Perguntado sobre a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, van Beurden afirmou que ainda é "prematuro" comentar a questão, mas ressaltou que tem "grande interesse" em acompanhar como o republicano formulará a política energética estadunidense nos próximos meses.
 

Brasil dá sinais de melhora, afirma Marcos Pereira

O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, declarou, nesta quinta-feira, que a economia brasileira dá sinais de recuperação. Ele participou da abertura do Salão Internacional do Automóvel, no espaço São Paulo Expo, na capital paulista.
Para incentivar a retomada do crescimento do País, o ministro reforçou a importância do Programa de Sustentabilidade Veicular, que prevê a renovação da frota e o incentivo à cadeia de reciclagem de autopeças. Segundo afirmou, a proposta, apoiada pelo setor automotivo, será apresentada ao presidente Michel Temer até o próximo mês.
"Muito mais do que os incentivos, é dar competitividade (ao setor automotivo). Nós vamos dar, na medida em que o estado fizer as reformas que precisam ser feitas. Além do limite dos gastos, a reforma previdenciária e a modernização da legislação trabalhista. Quando a nossa indústria como um todo tiver competitividade, com a redução do custo Brasil e a diminuição da burocracia, poderemos avançar e, com previsibilidade, planejar o futuro", disse o ministro.
Na mesma linha, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Marcos Pereira, afirmou que o programa de renovação de frota que está sendo discutido entre o setor automotivo e o governo pode sair do papel já no primeiro semestre do ano que vem. O ministro disse que as vendas de veículos na primeira semana de novembro passaram de 10 mil, segundo números da Anfavea, sinalizando um "ânimo e otimismo" para o setor, que vive um de suas piores crises, com os níveis de produção regredindo a 2003.
Pereira acrescentou que a ideia é renovar entre 800 mil e um milhão de veículos por ano, entre leves, caminhões e motos. Primeiro, a renovação atingiria veículos com mais de 30 anos de uso; depois, 25 anos; e assim sucessivamente. "Não posso dar mais detalhes, porque isso ainda está em estudo", afirmou, lembrando que a frota atual do País é de 50 milhões de unidades
O ministro afirmou ainda que o governo discute com o Paraguai a proibição de importar veículos usados. Segundo ele, o Paraguai informou que é complicado interromper essa importação, e que a redução poderá ser feita aos poucos. Pela via da exportação, Pereira informou que estão sendo concluídos acordos com a Colômbia e o Peru.
O presidente da Anfavea, Antônio Carlos Megale, disse, durante a abertura do Salão do Automóvel, que várias tecnologias nos veículos que estão sendo apresentados saíram do programa do governo Inovar Auto, que tem como objetivo dar mais competitividade à indústria automobilística.
"Precisamos ter uma nova política industrial, com visão de longo prazo, de mais de 10 anos. Não podemos viver ano após ano sem recursos para financiar máquinas agrícolas, ou linhas de financiamentos para caminhões. Ou ter regras que mudam a toda hora", reclamou Megale.