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Balanços

- Publicada em 10 de Novembro de 2016 às 20:08

Prejuízo da Petrobras cresce mais de quatro vezes e chega a R$ 16,4 bilhões

Petroleira reverteu lucro de R$ 370 milhões no trimestre anterior

Petroleira reverteu lucro de R$ 370 milhões no trimestre anterior


AG. PETROBRAS/Agência PETROBRAS/DIVULGAÇÃO/JC
A Petrobras reportou prejuízo líquido de R$ 16,458 bilhões no trimestre de julho a setembro deste ano, quatro vezes maior do que a perda de R$ 3,759 bilhões registrada no mesmo período de 2015 e reverte lucro de R$ 370 milhões no trimestre imediatamente anterior.
A Petrobras reportou prejuízo líquido de R$ 16,458 bilhões no trimestre de julho a setembro deste ano, quatro vezes maior do que a perda de R$ 3,759 bilhões registrada no mesmo período de 2015 e reverte lucro de R$ 370 milhões no trimestre imediatamente anterior.
O prejuízo, explica a companhia no documento que acompanha o seu demonstrativo financeiro, foi puxado por uma deterioração de ativos e de investimentos em coligadas no valor de R$ 15,709 bilhões, "decorrente da apreciação do real e aumento da taxa de desconto, da revisão do conjunto de premissas, tais como preço de Brent e taxa de câmbio de longo prazo, e da carteira de investimentos contemplados no Plano de Negócios e Gestão 2017-2021".
A petroleira registrou ainda um prejuízo operacional de R$ 10,032 bilhões, revertendo, assim, lucro visto no mesmo período do ano passado (R$ 6,045 bilhões) e também o lucro observado no trimestre imediatamente anterior (R$ 7,184 bilhões).
O material de divulgação referente ao terceiro trimestre de 2016 aponta que o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da petroleira foi de R$ 21,603 bilhões, alta de 39% em relação aos R$ 15,506 bilhões apurados entre julho e setembro de 2015 e de 6% ante os R$ 20,317 bilhões reportados no segundo trimestre deste ano.
A receita de vendas somou R$ 70,443 bilhões no período, o que significa uma queda de 14,34% frente aos R$ 82,239 bilhões gerados no terceiro trimestre de 2015 e baixa de 1% comparado aos R$ 71,320 bilhões no intervalo de abril a junho. O resultado financeiro líquido da estatal ficou negativo em R$ 7,122 bilhões no trimestre encerrado em 30 de setembro de 2016, ante o número negativo de R$ 11,444 bilhões de igual trimestre de 2015 e de R$ 6,061 bilhões observados entre abril e julho de 2016.

Lucro líquido do Bradesco cai 21,5% no terceiro trimestre

Índice de inadimplência acima de 90 dias passou para 5,35% no período

Índice de inadimplência acima de 90 dias passou para 5,35% no período


JC/arquivo/JC
O Bradesco apresentou no terceiro trimestre do ano um lucro líquido de R$ 3,236 bilhões no terceiro trimestre, queda de 21,5% ante mesmo período de 2015. A queda decorre principalmente devido aos efeitos da incorporação do HSBC no Brasil. Já o resultado acumulado em 2016 até setembro foi de R$ 11,492 bilhões, recuo de 10,5%.
"Independentemente do lucro do trimestre apresentado, estamos em um período de transição, em que eventos extraordinários, como a provisão para devedores duvidosos excedente e o arrasto da carteira do HSBC tiveram efeito. A integração é um momento de passagem", disse o presidente da instituição, Luiz Carlos Trabuco.
A compra do HSBC no Brasil foi anunciada em agosto do ano passado, mas a incorporação oficial só ocorreu em junho deste ano e a migração da base de clientes, em 8 de outubro - e desde então os correntistas estão enfrentando algumas instabilidades nos canais de atendimento eletrônico. O executivo destacou que a incorporação no terceiro trimestre gerou o aumento de uma série despesas, mas que nos trimestres seguintes serão registrados ganhos de sinergia.
Ao considerar o resultado recorrente, que não inclui fatores extraordinários como a incorporação do HSBC, o lucro do Bradesco foi de R$ 4,462 bilhões no trimestre, recuo de 1,6% sobre um ano antes.
A carteira de crédito da instituição fechou setembro em R$ 521,77 bilhões, um aumento de 10% em 12 meses. Esse aumento, no entanto, decorre da entrada, no terceiro trimestre deste ano, das operações que eram do HSBC. Sem esse feito, a carteira do Bradesco seria de R$ 441,99 bilhões, recuo de 6,8% ante setembro de 2015.
O índice de inadimplência acima de 90 dias subiu para 5,35% no terceiro trimestre, ante 4,6% no trimestre anterior e 3,8% em igual etapa de 2015. Sem o HSBC, o índice teria chegado a 5,22%. A avaliação é que o pico da inadimplência já está próximo, com a possibilidade de alguma alta no quarto trimestre, mas depois ocorrerá uma redução gradual ao longo de 2017, à medida que a economia se recupere. Já o spread (diferença entre a taxa de captação do banco e o que é efetivamente repassado aos clintes) devem cair também de forma gradual, à medida que a economia se recupere e o Banco Central reduz a taxa básica de juros.
"O Brasil parou de piorar. Já chegamos ao fundo de poço e vemos a saída. Já a recuperação dos preços dos ativos como câmbio, bolsa e juros, que antecipam esse processo de retomada", afirmou Trabuco, lembrando que embora a eleição de Donald Trump para presidente dos Estados Unidos possa causar alguma volatilidade, os maiores desafios do Brasil são internos, como a efetivação das reformas econômicas.

Braskem revê projeção para 2016 de recuo da demanda doméstica

O presidente da Braskem, Fernando Musa, disse que a empresa começa a ver de forma mais clara os primeiros sinais de retomada da economia do Brasil. Conforme o executivo, a expectativa agora para 2016 é de recuo da demanda doméstica de menos de 5%, ante projeção no início do ano de declínio de 7%. "No quarto trimestre, devemos ter crescimento em relação ao ano passado. Ao longo do ano, temos tido uma melhoria da expectativa", disse Musa.
Para suprir a maior demanda do mercado brasileiro, a Braskem reduziu o volume de exportações de resinas, que registrou queda de 7% tanto na comparação com o segundo trimestre deste ano quanto em relação a igual período de 2015. Nas unidades dos Estados Unidos e da Europa, a taxa média de operação das unidades de polipropileno no terceiro trimestre foi de 101%.
No período, a produção registrada totalizou 512 mil toneladas, o que representa uma expansão de 4% em relação ao mesmo intervalo de 2015. Já as vendas no trimestre atingiram 503 mil toneladas, em linha com o mesmo período do ano anterior.
O spread médio internacional de resinas termoplásticas produzidas pela Braskem no Brasil (diferença entre o preço de petroquímicos e o preço de nafta, etano e propano pelo mix de matéria-prima utilizada nas unidades do Brasil) atingiu US$ 743 por tonelada no intervalo de julho a setembro, 10% e 4% superior ao segundo trimestre deste ano e ao mesmo período de 2015, nesta ordem. O avanço se deve principalmente aos preços de polietileno de referência do golfo americano.
No caso dos principais petroquímicos básicos, o spread atingiu US$ 399 por tonelada no período, 16% superior ao segundo trimestre deste ano, em função do fortalecimento dos preços europeus e asiáticos, regiões que sofreram limitação de oferta.
Com relação à operação nos Estados Unidos e na Europa, o preço médio do propeno no golfo americano, principal matéria-prima utilizada nas unidades dos Estados Unidos e Europa, foi de US$ 834 por tonelada, com aumento de 16% e 14% em relação aos três meses imediatamente anteriores e ao mesmo período de 2015, em função de paradas programadas e não programadas nos Estados Unidos.
Neste cenário, os spreads de PP nos EUA foram de US$ 617 por tonelada no período, 17% inferior ao segundo trimestre deste ano e 1% superior em relação ao mesmo período do anterior.

Ganho do Banco do Brasil recua 26%, a R$ 2,246 bilhões

O lucro líquido do Banco do Brasil caiu fortemente no terceiro trimestre, refletindo a retração da carteira de crédito e o aumento das provisões para perdas, o que também levou a instituição a piorar suas projeções de desempenho para 2016. O lucro líquido do maior banco do país de julho a setembro somou R$ 2,246 bilhões, queda de 26,6% ante igual período de 2015 e recuo de 8,9% na comparação com os três meses anteriores. Em termos ajustados, o lucro foi de R$ 2,337 bilhões, queda de 18,9% sobre um ano antes.
Como efeito da recessão no país, a carteira de crédito ampliada do BB no fim de setembro caiu 6,9% na comparação anual, para R$ 734 bilhões, retração liderada pelas operações com empresas, detalhou José Maurício Pereira Coelho, vice-presidente de gestão financeira e de relações com investidores do Banco do Brasil.
A carteira para pessoas jurídicas encolheu 9,4% em relação a um ano antes, para R$ 263,5 bilhões. Quando comparada ao segundo trimestre, a retração foi de 4,1%. Já o crédito para pessoas físicas subiu 3,8% na comparação anual, para R$ 185,731 bilhões, mas caiu 0,9% em relação ao segundo trimestre.
Apesar disso, a margem financeira bruta, que reflete os resultados com concessão de empréstimos e o desempenho da tesouraria, subiu 13,9% no comparativo anual, sobretudo pelo fato de o BB ter praticado taxas de juros mais altas. O spread (diferença entre o que a instituição paga ao captar o dinheiro e o que cobra ao repassá-lo aos clientes) do banco público subiu 0,2 ponto percentual no terceiro trimestre deste ano sobre o segundo trimestre, informou Coelho. Na comparação anual a alta é de 0,8 ponto percentual, já que o spread no terceiro trimestre de 2015 era de 7,1%. O BB também conseguiu maiores receitas com recuperação de créditos, informou o executivo.
O perfil da carteira piorou de novo, com o índice de inadimplência acima de 90 dias subindo a 3,51%, ante 2,06% um ano antes. Foi o sexto trimestre consecutivo de aumento sequencial do índice. "O nosso índice de inadimplência está abaixo da média do Sistema Financeiro Nacional e está em conformidade com o atual cenário econômico. E vemos o pico da inadimplência ocorrendo em 2017", disse Coelho.
Com isso, a despesa com provisão para perdas com calotes somou R$ 6,64 bilhões no período, aumento de 13,9% ano a ano, embora tenha caído quase 20% sobre o trimestre anterior, quando o BB fez uma provisão extra para perda com uma grande empresa. O banco ainda conseguiu aumentar em 5,8% as receitas com tarifas, para R$ 6,02 bilhões. E as despesas administrativas cresceram 7,3% em 12 meses, abaixo da inflação do período, R$ 8,42 bilhões.