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Economia

- Publicada em 10 de Novembro de 2016 às 18:28

Recuperação do varejo depende de renda, crédito e inflação sob controle

Dados do varejo ampliado mostram melhora na venda de carros usados

Dados do varejo ampliado mostram melhora na venda de carros usados


JC/Jornal do comércio
O varejo ainda não dá sinais de que o fundo do poço já ficou para trás, confirmou Isabella Nunes, gerente na Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Ainda não tem um quadro que possa observar recuperação, nem na margem (comparação com o mês anterior) nem na comparação com (o mesmo mês de) 2015", ressaltou Isabella.
O varejo ainda não dá sinais de que o fundo do poço já ficou para trás, confirmou Isabella Nunes, gerente na Coordenação de Serviços e Comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). "Ainda não tem um quadro que possa observar recuperação, nem na margem (comparação com o mês anterior) nem na comparação com (o mesmo mês de) 2015", ressaltou Isabella.
As vendas recuaram 1% em setembro ante agosto. Na comparação com setembro de 2015, a queda foi de 5,9%. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE.
A pesquisadora acredita que a recuperação das vendas só virá quando houver expansão da renda, redução no custo do crédito e inflação sob controle.
No terceiro trimestre, as vendas no varejo recuaram 5,7% em relação ao mesmo trimestre de 2015. No varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, a queda alcançou 9% no mesmo período.
"As taxas trimestrais recuam há sete trimestres consecutivos, tanto na comparação com o trimestre imediatamente anterior quanto na comparação com o mesmo período do ano anterior", ressaltou Isabella.
O avanço de 2,9% na produção de veículos e motos, partes e peças na passagem de agosto para setembro amenizou a queda no varejo ampliado no período. A redução foi de apenas 0,1%, apesar dos recuos disseminados entre a maioria das atividades pesquisadas.
"O que aparece de melhora são vendas de carros usados, não de carros novos", ressaltou Isabella. Ela diz ainda que, apesar do avanço em setembro, o segmento de veículos vinha de três meses consecutivos de perdas, período em que acumulou uma retração de 7,4%. "(O avanço) Sequer compensa a perda passada de 7,4% em três meses de quedas", reforçou a pesquisadora.
Na passagem de agosto para setembro, a atividade de material de construção encolheu 3,1%; hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo caíram 1,4%; móveis e eletrodomésticos, -2,1%; livros, jornais, revistas e papelaria, -2,0%; tecidos, vestuário e calçados, -0,7%; combustíveis e lubrificantes, -0,5%; e outros artigos de uso pessoal e doméstico, -0,3%.
Os setores que escaparam do vermelho foram artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com avanço de 1,0% em relação a agosto, equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, que ficou estável (0,0%).
Após a divulgação da pesquisa do IBGE, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgou sua previsão revisada para as vendas do comércio brasileiro neste ano. Inicialmente, a CNC previa uma queda de 5,4%. Agora, a entidade acredita que o setor deve fechar 2016 com queda de 6% no faturamento em relação ao ano passado, um dos piores resultados históricos do setor.
De acordo com a CNC, as vendas do comércio estão sendo prejudicadas pela manutenção do cenário desfavorável para o mercado de trabalho, com aumento do desemprego, queda da renda, e pela manutenção de um nível mais elevado do custo do crédito.
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