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Economia

- Publicada em 10 de Novembro de 2016 às 17:55

Juros fecham com alta expressiva, com aversão ao risco e avanço dos Treasuries

Agência Estado
Mesmo tendo mostrado forte avanço na sessão de quarta-feira, 9, os juros futuros continuaram a subir de forma significativa nesta quinta-feira, 10, influenciados pelo aumento da aversão ao risco de ativos de economias emergentes e pela nova disparada dos juros dos Treasuries, que provocou uma onda de reprecificação na curvas do mundo todo, segundo analistas. Tudo, por sua vez, esteve relacionado às perspectivas sobre o governo de Donald Trump nos EUA.
Mesmo tendo mostrado forte avanço na sessão de quarta-feira, 9, os juros futuros continuaram a subir de forma significativa nesta quinta-feira, 10, influenciados pelo aumento da aversão ao risco de ativos de economias emergentes e pela nova disparada dos juros dos Treasuries, que provocou uma onda de reprecificação na curvas do mundo todo, segundo analistas. Tudo, por sua vez, esteve relacionado às perspectivas sobre o governo de Donald Trump nos EUA.
Ao final da sessão regular, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2018 tinha taxa de 12,26%, ante 12,15% no ajuste de quarta. A taxa do DI janeiro de 2019 subiu de 11,54% para 11,82%. O DI janeiro de 2021 terminou com taxa de 11,88%, ante 11,45%.
Após uma abertura de lado, os juros engataram trajetória firme de alta a partir do meio da manhã, em linha com o aumento da pressão no câmbio e o avanço da taxa da T-Note de dez anos, que nesta quinta encostou em 2,120%. Internamente, o Tesouro tentava emplacar o leilão de prefixados, com oferta reduzida para 3 milhões em três vencimentos, bastante abaixo do padrão recente, em torno de 10 milhões. Mas, em meio ao estresse do mercado, a instituição rejeitou as propostas, evitando adicionar pressão no mercado.
A possível implantação de propostas polêmicas da campanha de Trump continuou levando o investidor a sair de ativos emergentes, que tendem a ser penalizados se de fato houver um aperto mais forte do que o esperado na taxa dos fed funds, hoje entre 0,25% e 0,50%. Analistas consideram esta possibilidade a partir da aposta de que o novo governo norte-americano deve promover uma política fiscal expansionista, com corte de impostos, para alavancar o crescimento, o que deve pressionar a inflação.
Nesse contexto, o Banco Central brasileiro tende a ser cauteloso na condução do ciclo de flexibilização monetária. O Itaú Unibanco revisou sua projeção de Selic para o final do ano, de 13,50% para 13,75%, prevendo agora uma redução de 0,25 ponto porcentual na atual taxa de 14,00%, ante previsão anterior de 0,50 ponto.
As máximas do DI foram alcançadas pouco antes das 13 horas, quando também as taxas dos títulos do Tesouro dos EUA de dez anos também atingiam os maiores patamares do dia. Contribuíram para as máximas, no trecho curto da curva, declarações do presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, em palestra no Chile.
Ilan disse que o BC, quando baixa a Selic, o faz de "forma crível e permanente" e que a expectativa do BC é de baixar a Selic sem ter que "voltar depois". À tarde, o impulso de alta dos DIs foi moderado ao longo da etapa vespertina, mas ainda assim os níveis de fechamento foram muito elevados.
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