Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 10 de Novembro de 2016 às 10:49

Lucro do Bradesco com HSBC cai 21,5% em nove meses

O presidente do banco alegou que eventos, como a incorporação do HSBC, comprometeram o resultado

O presidente do banco alegou que eventos, como a incorporação do HSBC, comprometeram o resultado


JONATHAN HECKLER/Arquivo/JC
Estadão Conteúdo
O Bradesco registrou lucro líquido contábil de R$ 3,236 bilhões no terceiro trimestre, com queda de 21,5% em nove meses. O resultado traz pela primeira vez o desempenho do HSBC, incorporado ao banco em 1 de julho. Sem HSBC, a queda seria de 23,6% ante setembro do ano passado. No resultado ajustado, o lucro foi de R$ 4,462 bilhões, queda de 1,6% em um ano.
O Bradesco registrou lucro líquido contábil de R$ 3,236 bilhões no terceiro trimestre, com queda de 21,5% em nove meses. O resultado traz pela primeira vez o desempenho do HSBC, incorporado ao banco em 1 de julho. Sem HSBC, a queda seria de 23,6% ante setembro do ano passado. No resultado ajustado, o lucro foi de R$ 4,462 bilhões, queda de 1,6% em um ano.
A direção do banco considerou o balanço de transição. "Tivemos ajustes de diferenças do Bradesco e HSBC, crescimento de despesas operacionais pela consolidação e que serão mitigados com ganhos de sinergia. A Basileia caiu por conta da aquisição e tivemos aumento de provisões para devedores duvidosos", explicou o presidente da instituição, Luiz Carlos Trabuco Cappi.
As despesas operacionais, que consideram os gastos administrativos e de pessoal, do Bradesco totalizaram R$ 10,267 bilhões no terceiro trimestre, cifra 28,4% maior que a vista em um ano, de R$ 7,997 bilhões. Em relação aos três meses anteriores, quando alcançaram R$ 8,152 bilhões, foi identificado incremento de 25,9%.
O banco revisou, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, o guidance para despesas operacionais por conta da consolidação dos números do HSBC Brasil em seu balanço. O banco espera que esses gastos possam reduzir 2% e, na pior das hipóteses, aumentar 2% neste ano ante 2015, no conceito pro forma. Se considerados os números do HSBC somente a partir da segunda metade deste exercício, esses gastos devem aumentar de 12% a 16%. Antes, o banco projetava aumento de 4% a 8% para as despesas operacionais.
Os gastos de pessoal do Bradesco totalizaram R$ 4,930 bilhões no terceiro trimestre, aumento de 15,7% ante um ano e de 27,0% no comparativo trimestral. Do total, R$ 1,064 referiram-se ao HSBC Brasil.
Já outras despesas administrativas somaram R$ 5,337 bilhões de julho a setembro, aumento de 16,6% em um ano e de 25,0% na comparação com os três meses anteriores. Gastos tributários foram a R$ 1,601 bilhão, aumentos de 8,9% e 20,7%, respectivamente.
A instituição somava 5.337 agências ao final do terceiro trimestre, incluindo as 851 vindas do HSBC. Em relação ao segundo trimestre, houve um acréscimo de 854 agências. Em um ano, houve a adição de 744 agências. O número de colaboradores atingiu 109.922 em setembro, aumento de 20.498 pessoas. A elevação reflete a incorporação dos 21.016 colaboradores egressos do HSBC Brasil. Em um ano, o número de colaboradores aumentou em 16.226.
O índice de Basileia do Bradesco foi a 15,3% no terceiro trimestre, 2,4 pontos percentuais abaixo do indicador registrado nos três meses antes, de 17,7%. Em um ano, estava em 14,5%. A Basileia mede quanto um banco pode emprestar sem comprometer o seu capital.
O capital de nível 1, de melhor qualidade, foi a 11,9% ao final de setembro contra 13,7% em junho e 11,4% em um ano. Do total, 0,8% correspondeu a capital complementar.
O Bradesco explica, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras, que a redução no capital de nível 1 ocorre, principalmente, pelo efeito da consolidação do HSBC Brasil, que influenciou os ativos ponderados, o ágio/intangível e os demais ajustes prudenciais. Foi compensado, parcialmente, pelo uso de Letras Financeiras Subordinadas, autorizadas em novembro de 2016, pelo Banco Central para compor o Nível I, cujo o montante alcançou R$ 5,0 bilhões.
O banco demonstra ainda, em relatório, simulação para Basileia III. O índice seria de 12,1% de Capital Nível I, que acrescido de captação, via dívida subordinada, poderá totalizar um Índice de Basileia - Nível I aproximado de 12,8%, no final de 2018. O indicador considera ajustes futuros como a aplicação de 100% das deduções previstas no cronograma de implantação, realocação de recursos via pagamento de dividendos, por parte de sua seguradora e consumo de créditos tributários. Leva em conta ainda a antecipação do multiplicador de parcelas de riscos de mercado e operacional, de 9,875% para 8%, o impacto da aquisição do HSBC Brasil (amortização do ágio/intangível) e sinergia no processo de incorporação.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO