A inflação oficial do país, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), acelerou em outubro em 0,26%, mas registrou a menor taxa para o mês desde 2000. Em setembro, os preços variaram apenas 0,08%. Em outubro de 2015, a taxa foi de 0,82%. Nos 12 meses últimos meses, a inflação ficou em 7,87% - ficando pela primeira vez abaixo dos 8% desde fevereiro de 2015 (7,7%). No acumulado do ano, o resultado é de 5,78%.
Entre os grupos de itens pesquisados, a variação mais elevada em outubro ficou com transporte (0,75%), puxada especialmente por etanol e gasolina, enquanto alimentação e bebidas (-0,05%) e artigos de residência (-0,13%) apresentaram recuo nos preços. Também subiram os preços da habitação (0,42%), vestuário (0,45%), saúde e cuidados pessoais (0,43%), despesas pessoais (0,01%), educação (0,02%) e comunicação (0,07%). Todos os grupos desaceleraram no acumulado em doze meses.
Para Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE, o resultado no acumulado em 12 meses mostra que a inflação está numa trajetória clara de desaceleração. Pela primeira vez desde fevereiro de 2015, quando ficou em 7,7%, o índice voltou a ficar na casa dos 7%.
"Dá para chamar de uma trajetória clara de desaceleração, principalmente porque estamos vendo números bem mais moderados nos últimos meses do que foram nos meses equivalentes do ano anterior", justificou Eulina.