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Economia

- Publicada em 03 de Novembro de 2016 às 22:32

Queda nas exportações de soja surpreende

Próximos meses podem recuperar negócios externos com a oleaginosa

Próximos meses podem recuperar negócios externos com a oleaginosa


SUPRG/DIVULGAÇÃO/JC
Thiago Copetti
Foi com certa surpresa que o setor do agronegócio recebeu, nesta quinta-feira, os novos números das exportações do setor, especialmente os da soja, divulgados pelo Núcleo de Estudos do Agronegócio da Fundação de Economia e Estatística (FEE). As exportações do agronegócio gaúcho como um todo foram de US$ 3,45 bilhões no terceiro trimestre de 2016. No comparativo com o mesmo período do ano passado, o valor negociado teve redução de 5,8% e, em volume, caiu 9,3%.
Foi com certa surpresa que o setor do agronegócio recebeu, nesta quinta-feira, os novos números das exportações do setor, especialmente os da soja, divulgados pelo Núcleo de Estudos do Agronegócio da Fundação de Economia e Estatística (FEE). As exportações do agronegócio gaúcho como um todo foram de US$ 3,45 bilhões no terceiro trimestre de 2016. No comparativo com o mesmo período do ano passado, o valor negociado teve redução de 5,8% e, em volume, caiu 9,3%.
Apesar de a queda, neste período do ano, ser apontada como normal, diz o pesquisador da FEE Sérgio Leusin que a redução de 58,9% nos embarques de soja em setembro não estava no horizonte. "Esses dados são surpreendentes, mas se explicam, em parte, pela supersafra norte-americana de soja. Como há perspectiva de uma grande colheita, muitos produtores norte-americanos acabaram desaguando seus estoques, o que levou a China a comprar mais grãos dos EUA, deixando um pouco de lado o Brasil", analisa Leusin. O pesquisador também afirma que o prêmio pago aos exportadores brasileiros nos últimos embarques foi reduzido pelos compradores, derrubando também as vantagens das vendas para o exterior. Houve ainda desvalorização do dólar, tanto na comparação dos valores do início do ano quanto de agosto para setembro, o que diminui o interesse pelo grão nacional.
Para Luiz Fernando Gutierrez Roque, consultor da Safras & Mercado, além da previsão de supersafra norte-americana, as perdas no Brasil também foram determinantes para que as exportações caíssem. Da previsão inicial de colheita de mais de 102 milhões de toneladas no ciclo 2015/2016, o País colheu somente 97,15 milhões de toneladas. "Mesmo que o Rio Grande do Sul tenha alcançado safra recorde, de 16,3 milhões de toneladas de soja, com o volume menor colhido nacionalmente foi preciso segurar um pouco mais de grão por aqui", explica Roque.
Para o consultor, a queda nos embarques de soja também seria um reflexo do aumento de vendas do grão para o estrangeiro no início do ano. "Foram 18 milhões de toneladas exportadas entre março e abril, início do ciclo de vendas da safra 2015/2016. Isso representou uma alta de 50% sobre os 12 milhões negociados no mesmo período do ano passado. Agora houve um certo ajuste", avalia Roque.
O ano, porém, não está perdido, avalia Leusin. Os próximos meses têm espaço para recuperar negócios, acredita o economista. "Para o quarto trimestre de 2016 há espaço para um incremento substancial no volume exportado de soja, porém esse movimento estará condicionado, em grande medida, pelo comportamento da demanda chinesa e pelas estratégias de comercialização da safra norte-americana", analisa.
Os altos e baixos do 3º trimestre
- As maiores variações absolutas positivas, em valor, no terceiro trimestre de 2016, comparativamente a igual período do ano anterior
Produtos florestais (especialmente madeira serrada) US$ 15,4 milhões / 9,6%
Sucos (especialmente de laranja) US$ 4,2 milhões / 61,1%
Máquinas e implementos agrícolas (sobretudo colheitadeiras) US$ 3,7 milhões / 5,1%
Produtos hortícolas, leguminosas, raízes e tubérculos (com destaque para a batata-doce) US$ 3,3 milhões / 183,3%
- As principais reduções absolutas nos valores exportados
Carnes (principalmente de frango) - US$ 54,1 milhões / -9,8%
Fumo e seus produtos (queda puxada por fumo não manufaturado) - US$ 54,0 milhões / -9,9%
Soja - US$ 41,4 milhões / -2,2%
Lácteos (com destaque para leite em pó) - US$ 38,5 milhões / -78,0%
Cereais, farinhas e preparações (maior volume de redução no arroz) - US$ 24,7 milhões / -32,8%
Fonte: FEE
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