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Economia

- Publicada em 03 de Novembro de 2016 às 13:24

Alemanha diz que BCE esgotou maior parte de sua política monetária

Agência Estado
O Banco Central Europeu (BCE) tem pouco espaço para estimular a economia da zona do euro, disse o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäeuble, nesta quinta-feira, pedindo aos governos que abracem reformas para aumentar sua competitividade.
O Banco Central Europeu (BCE) tem pouco espaço para estimular a economia da zona do euro, disse o ministro das Finanças da Alemanha, Wolfgang Schäeuble, nesta quinta-feira, pedindo aos governos que abracem reformas para aumentar sua competitividade.
"O BCE quase esgotou sua margem de manobra de política monetária", disse Schäeuble em uma conferência bancária em Frankfurt, na Alemanha. Ele tem alertado repetidamente para os riscos do excesso de confiança no excesso de liquidez e taxas de juros ultra baixas, equiparando isso a um vício.
Schäeuble também disse que a política monetária afrouxada do BCE coloca mais pressão em outros países da zona do euro para enfrentar problemas estruturais, além de criar riscos de bolhas em países mais prósperos, como a Alemanha, que é a maior economia do bloco.
Berlim ficou frustrada com a recente margem de manobra concedida pela Comissão Europeia a países como Portugal e Espanha, que lutam para cumprir as regras orçamentais definidas no Pacto Europeu de Estabilidade e Crescimento. A comissão argumenta que qualquer multa enfraqueceria esses países ainda mais.
No mês passado, o BCE sugeriu a ampliação de seu programa de compra de títulos de 80 bilhões de euros (US$ 88,64 bilhões), que deve terminar em cinco meses. Ele também deixou sua taxa de juros em um mínimo recorde de 0%, e sua taxa de depósito está em -0,4%, o que significa que os bancos pagam para deixar o excesso de caixa no banco central durante a noite.
Schäeuble reiterou sua posição dura contra a dívida da Grécia, dizendo que o alívio da dívida não mudaria nada, e pediu reformas estruturais.
A Alemanha está em desacordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre se a economia da Grécia pode se recuperar sem um corte de dívida. O perdão da dívida à custa dos contribuintes alemães é problemático para a chanceler alemã, Angela Merkel, que enfrenta eleições nacionais no próximo ano.
Schäeuble argumentou ainda que a política em curso da Turquia é inaceitável e afasta o país da adesão à União Europeia.
Além disso, ele alertou os italianos para que não votem por não modificar a Constituição no referendo do dia 4 de dezembro, afirmando que mudanças na legislatura do país são necessárias e que visam cortar em cerca de dois terços o número de senadores e permitir que muitos projetos de lei sejam aprovados apenas pela câmara baixa. 
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