Bolsas asiáticas fecham mistas com eleição nos EUA e indicador chinês positivo

As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta quinta-feira (3), com alguns mercados pressionados pela hipótese de que o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, derrote a adversária democrata, Hillary Clinton, na eleição do próximo dia 8, e outros favorecidos por dados positivos do setor de serviços chinês.

"Se (Hillary) vencer a eleição, os negócios continuarão normalmente", prevê o chefe de ativos asiáticos da Baring Asset Management, Khiem Do. "Se Trump ganhar, o mercado não saberá quais serão suas verdadeiras políticas...ele fez comentários muito amplos sobre políticas e, às vezes, ele se contradiz."

Para Christoffer Moltke-Leth, diretor de vendas globais da Saxo Capital Markets, o cenário mais provável é que Hillary vença, mas uma eventual vitória de Trump, que "não podemos descartar", poderá terá impacto no apetite por risco.

Nessa quarta-feira (2), o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) decidiu manter seus juros básicos inalterados após reunião de política monetária, como se previa, mas voltou a sinalizar um possível aumento para dezembro. No momento, porém, a maior preocupação dos investidores é a eleição nos EUA.

Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,56%, a 22.683,51 pontos, a mínima do pregão, enquanto em Taiwan, o Taiex recuou 0,79%, a 9.067,27 pontos, e em Manila, o filipino PSEi teve perde mais expressiva, de 1,26%, a 7.160,91 pontos, também influenciado pela tendência de fraqueza do peso das Filipinas.

Já em Tóquio, não houve negócios nesta quinta devido a um feriado nacional no Japão.

Na China, as bolsas se recuperaram de uma abertura negativa e encerraram o dia no azul, na esteira de um dado econômico encorajador. O Xangai Composto subiu 0,84%, a 3.128,94 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,56%, a 2.071,59 pontos.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços chinês, medido pela Caixin Media em parceria com Markit, subiu para 52,4 em outubro, de 52,0 em setembro, atingindo o maior nível em quatro meses. Leituras acima de 50,0 indicam expansão da atividade. Segundo analistas, o PMI positivo ajuda a confirmar que a China deverá atingir sua meta de crescimento este ano.

Na Coreia do Sul, o índice Kospi também se valorizou, terminando o dia em alta de 0,25% em Seul, a 1.983,80 pontos.

Na Oceania, a bolsa australiana fechou em baixa pela terceira sessão consecutiva, também pressionada pelas incertezas da corrida presidencial nos EUA. O S&P/ASX 200 teve perda marginal de 0,07% em Sydney, a 5.225,60 pontos, renovando o menor nível em sete semanas.