A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) acelerou para 0,34% em outubro ante 0,07% em setembro, informou nesta terça-feira (1º), a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na terceira quadrissemana de outubro, o IPC-S havia ficado em 0,24%. O indicador acumula alta de 5,65% no ano e de 7,65% nos últimos 12 meses.
O resultado veio dentro do intervalo estimado. De acordo com a pesquisa, as previsões estavam entre 0,28% e 0,35%, com mediana de 0,29%.
Das oito classes de despesas analisadas, sete registraram acréscimo em suas taxas de variação de preços na passagem da terceira para a quarta quadrissemana: Transportes (0,49% para 0,80%), Alimentação (-0,07% para -0,05%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,46% para 0,54%), Educação, Leitura e Recreação (-0,19% para 0,03%), Comunicação (0,63% para 0,89%), Despesas Diversas (-0,12% para 0,05%) e Vestuário (0,16% para 0,23%).
No sentido contrário, registrou decréscimo somente o grupo Habitação (0,41% para 0,40%).
Grupo Transportes contribuiu para aceleração do IPC-S
O grupo Transportes, que subiu de 0,49% para 0,80% entre a terceira e a quarta quadrissemanas de outubro, foi o que mais contribuiu para a aceleração do Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S). Dentro do grupo Transportes, a FGV mencionou o comportamento do item gasolina, cuja taxa passou de 0,56% para 1,77%.
Nas outras seis classes de despesas que registraram acréscimo em suas taxas de variação entre a terceira e a quarta quadrissemana, a FGV também citou o comportamento dos itens hortaliças e legumes (-1,73% para 1,37%), em Alimentação, artigos de higiene e cuidado pessoal (0,18% para 0,51%), no segmento de Saúde e Cuidados Pessoais, show musical (-4,66% para -1,73%), no grupo Educação, Leitura, e Recreação, tarifa de telefone móvel (0,73% para 1,41%), em Comunicação, alimentos para animais domésticos (2,21% para 3,17%), no grupo Despesas Diversas, e roupas (-0,13% para 0,20%), em Vestuário.
Observados isoladamente, os itens com as maiores influências de elevação foram gasolina (0,56% para 1,77%), etanol (3,76% para 5,11%), plano e seguro de saúde (que manteve a mesma taxa de 1,04%), refeições em bares e restaurantes (0,34% para 0,42%) e taxa de água e esgoto residencial (1,19% para 1,62%).
Já os cinco itens com as maiores influências de baixa foram leite tipo longa vida (-12,89% para -13,02%), mamão papaya (apesar de a deflação ter reduzido de -24,88% para -23,81%), feijão-carioca (-7,88% para -9,87%), banana-prata (a despeito de a variação ter subido de -6,99% para -5,76%) e show musical (mesmo com a deflação menor em -1,73% ante -4,66%).