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- Publicada em 29 de Novembro de 2016 às 23:32

Chape, a queridinha do Brasil

Não há como ser diferente, ante a dimensão da tragédia. O mundo do futebol está de luto pela perda quase irreparável para a comunidade esportiva de Chapecó, de Santa Catarina e do País. A Chapecoense era a queridinha do Brasil, chegando a uma improvável final da Sul-Americana, alternando jogos por essa competição e pelo Brasileirão, sem cansaço nem queixas, com bons - às vezes surpreendentes - resultados. É doloroso saber que quase o elenco inteiro desapareceu, em um trágico momento, nas montanhas colombianas. A solidariedade é, nessa hora, o único consolo.
Não há como ser diferente, ante a dimensão da tragédia. O mundo do futebol está de luto pela perda quase irreparável para a comunidade esportiva de Chapecó, de Santa Catarina e do País. A Chapecoense era a queridinha do Brasil, chegando a uma improvável final da Sul-Americana, alternando jogos por essa competição e pelo Brasileirão, sem cansaço nem queixas, com bons - às vezes surpreendentes - resultados. É doloroso saber que quase o elenco inteiro desapareceu, em um trágico momento, nas montanhas colombianas. A solidariedade é, nessa hora, o único consolo.
A semana em que o futebol parou
Tinha mesmo que parar, imagine-se o estado psicológico de Grêmio e Atlético-MG, envolvendo-se em uma disputa encarniçada pelo título da Copa do Brasil, enquanto as vítimas eram veladas. A CBF teve a sensibilidade necessária para adiar também a rodada final do Brasileirão: o Atlético-MG entraria em campo, ok, mas que Chapecoense estaria do outro lado para enfrentá-lo? Quantos atletas de outros clubes ainda teriam a tragédia na memória, que certamente atingiu ex-colegas de time ou mesmo grandes amigos? E narradores, repórteres, comentaristas? Não dava, não.
Alguns nomes que perdemos
Da Fox Sports, morreram Victorino Chermont, Deva Pascovitich, Paulo Júlio Clement, um coordenador e um cinegrafista; também seis radialistas de Chapecó, cinco da RBS-SC, três da Globo. No total, 21 profissionais da mídia estavam a bordo, apenas um sobreviveu. Mário Sérgio, campeão brasileiro pelo Inter e um dos heróis gremistas na vitória sobre o Hamburgo no Japão, atual comentarista da Fox, deixou grandes amigos no Rio Grande. O apelido - Vesgo - se explica: ele olhava para um lado, lançava para o outro e a bola caía certeira no pé de um companheiro. De seus colegas da Fox, apenas Nivaldo Prieto teve condições psicológicas para noticiar a tragédia: ficou desde a madrugada até 15h ancorando a cobertura.
Inter: uma novela dramática
A trabalhosa vitória de domingo sobre o Cruzeiro foi um pequenino avanço colorado. Dia seguinte, o Vitória derrotou o Coritiba de Carpegiani, praticamente escapuliu do rebaixamento e o alvo do Inter mudou - para bem pior. Agora precisa contar com uma derrota ou um empate do Sport, que jogará em casa contra o desmotivado Figueirense e, ao mesmo tempo, vencer o Fluminense no Rio de Janeiro. A tarefa tornou-se mais difícil e improvável do que era competir com o time comandado por Argel Fucks.
Pitacos
Atlético Nacional propõe título póstumo ao time da Chape: campeão da Sul-Americana. Grandeza é o nome disso. *** O Atlético-MG poderia propor o mesmo: tem um jogo contra Chapecoense na última rodada do Brasileiro. Que virasse uma homenagem, um empate simbólico que não prejudicaria a ninguém. *** Sou contra, apenas, à ideia de isentar a Chape do rebaixamento por três anos. Ela não precisa disso para se levantar.
 
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