Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

JC Logística

- Publicada em 17 de Novembro de 2016 às 22:31

Changi analisa a compra da parte da Odebrecht no Galeão

A Changi Airport International, sócia da concessionária RioGaleão, está disposta a comprar a participação da Odebrecht Transport no aeroporto do Rio se o governo fizer uma revisão do pagamento da outorga da concessão.
A Changi Airport International, sócia da concessionária RioGaleão, está disposta a comprar a participação da Odebrecht Transport no aeroporto do Rio se o governo fizer uma revisão do pagamento da outorga da concessão.
Até então, a empresa de Cingapura, que tem 20,4% da concessionária, se propunha a encontrar um sócio para ocupar o lugar da empreiteira, envolvida na Operação Lava Jato e com dificuldades para conseguir crédito no mercado, especialmente no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes).
A proposta da empresa, feita por meio da concessionária, não prevê redução do valor total da outorga - de R$ 19 bilhões dividido em 25 parcelas anuais. O que o grupo quer é mudar a estrutura do pagamento durante a concessão, afirma uma fone. No início do contrato, em que os investimentos são mais pesados, a empresa pagaria menos.
O valor subiria gradualmente ao longo dos anos. O pagamento de 2016 seria mantido. Entre 2017 e 2019, a empresa pagaria R$ 380 milhões, em vez de R$ 761 previstos originalmente no contrato. Nos últimos anos, esse valor chegaria a R$ 1,4 bilhão.
A revisão da outorga está prevista no contrato de concessão em casos de desequilíbrio econômico-financeiro. O problema, diz uma fonte do governo, é que a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) quer um posicionamento do Tribunal de Contas da União (TCU) para tomar uma decisão.
Depois que alguns diretores de outras agências foram punidos, com o arresto de bens, muitos executivos estão preocupados de tomar decisões sem o aval do tribunal. No mês passado, a RioGaleão entrou com dois pedidos de reequilíbrio econômico-financeiro na Anac.
Um é para a revisão da outorga e o outro, para reivindicar cerca de R$ 500 milhões de investimentos feitos no aeroporto e que não estavam previstos no contrato de concessão. Nesse último caso, se aprovado, o reequilíbrio pode ser feito por aumento de tarifa ou expansão do prazo de concessão.
Uma fonte em Brasília afirmou que todas as decisões dependem de uma solução para a questão do financiamento do aeroporto. Em outubro de 2014, o Bndes aprovou um empréstimo-ponte de R$ 1,1 bilhão para a concessionária. O crédito, que venceria em junho, foi prorrogado para abril de 2017.
O problema é que, até agor,a não saiu o empréstimo de longo prazo, de R$ 1,6 bilhão, para quitar esse valor e fazer frente a outros investimentos já realizados (no total, a concessionária já investiu R$ 2 bilhões no aeroporto).
Com o envolvimento da Odebrecht no escândalo de corrupção e a queda nas receitas da concessionária por causa da demanda mais franca, o Bndes decidiu rever o crédito.
Entre as condições para a liberação do crédito estaria o aporte de recursos na Infraero para pagar a outorga em dezembro e a saída da Odebrecht do consórcio que administra o aeroporto.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO