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JC Logística

- Publicada em 03 de Novembro de 2016 às 21:31

Reino Unido investiga propinas da Rolls-Royce

No Brasil, ações ilegais teriam ocorrido na negociação para fornecimento de módulos de geração de energia

No Brasil, ações ilegais teriam ocorrido na negociação para fornecimento de módulos de geração de energia


HENRIQUE FERNANDEZ/AGÊNCIA PETROBRAS/JC
A britânica Rolls-Royce está sendo investigada pelas autoridades do Reino Unido sob a suspeita de utilizar uma rede de agentes para ajudar a obter contratos lucrativos no Brasil e em pelo menos outros 11 países, usando propinas em algumas ocasiões, segundo o jornal Guardian e a emissora BBC.
A britânica Rolls-Royce está sendo investigada pelas autoridades do Reino Unido sob a suspeita de utilizar uma rede de agentes para ajudar a obter contratos lucrativos no Brasil e em pelo menos outros 11 países, usando propinas em algumas ocasiões, segundo o jornal Guardian e a emissora BBC.
A investigação, realizada por agências anticorrupção do Reino Unido e dos Estados Unidos, é baseada em documentos vazados e depoimentos de funcionários que sugerem que a fabricante britânica de turbinas pode ter feito pagamentos ilícitos ao longo de anos para aumentar seu lucro.
No Brasil, a investigação indica que a empresa pagou propinas no valor de US$ 200 mil (165 mil libras) para a Petrobras para conquistar um contrato de US$ 100 milhões para instalação de equipamentos em plataformas de petróleo.
No ano passado, a companhia britânica já havia anunciado que estava cooperando com as autoridades brasileiras em investigação sobre suposto pagamento de propina para obter contratos com a Petrobras.
O delator Pedro Barusco, ex-gerente de engenharia da Petrobras, acusou em depoimento a Rolls-Royce de pagar propina, por meio de um agente, em troca de contrato para o fornecimento de módulos de geração de energia para petroleiros da estatal.
A reportagem do Guardian e da BBC não deixou claro se a investigação atual é a mesma já reconhecida pela empresa no ano passado. A Rolls-Royce não quis comentar questões específicas. Um porta-voz da empresa citado pelo Guardian afirmou que "preocupações com propinas e corrupção envolvendo intermediários permanecem sujeitas a investigação do SFO (escritório do governo britânico que investiga fraudes graves e corrupção) e de outras autoridades".
"Nós estamos cooperando completamente com as autoridades e não podemos comentar investigações em curso", disse o porta-voz. Além do Brasil, o esquema de contratação de agentes para pagamento de propinas teria sido implantado na Índia, China, Indonésia, África do Sul, Angola, Iraque, Irã, Cazaquistão, Azerbaijão, Nigéria e Arábia Saudita.
Um dos suspeitos de participar do esquema é um empresário cuja família doou mais de 1,6 milhão de libras para o partido Liberal Democrata e que é atualmente conselheiro do líder da legenda britânica, Tim Farron.
Parte da investigação do SFO deve priorizar a relação da empresa com a Unaoil, firma com sede em Mônaco e que foi acusada de usar suborno para ganhar contratos em vários países - como Irã e Cazaquistão - para dezenas de multinacionais. A Unaoil nega envolvimento em corrupção em seu relacionamento de negócios com a Rolls-Royce.
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