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Empresas & Negócios

- Publicada em 08 de Novembro de 2016 às 16:29

IEMI indica que mercado imobiliário se reencontra com o otimismo

O Brasil viveu na última década o auge da prosperidade do mercado imobiliário e, na mesma medida em que a economia nacional se desacelerava, uma queda acentuada do setor se iniciava. A pergunta que fica é: o que podemos esperar dos próximos anos? A partir de agosto do ano passado começamos a fazer uma pesquisa mensal que resulta no Índice de Expectativa do Mercado Imobiliário, o IEMI. Este estudo, realizado mensalmente em Porto Alegre, mostra um panorama do setor para auxiliar empresas a tomarem suas decisões estratégicas. Após um ano de realização deste índice, a resposta que temos do último IEMI mostra uma clara tendência de retomada da estabilidade. O mercado, enfim, volta a ficar mais otimista.
O Brasil viveu na última década o auge da prosperidade do mercado imobiliário e, na mesma medida em que a economia nacional se desacelerava, uma queda acentuada do setor se iniciava. A pergunta que fica é: o que podemos esperar dos próximos anos? A partir de agosto do ano passado começamos a fazer uma pesquisa mensal que resulta no Índice de Expectativa do Mercado Imobiliário, o IEMI. Este estudo, realizado mensalmente em Porto Alegre, mostra um panorama do setor para auxiliar empresas a tomarem suas decisões estratégicas. Após um ano de realização deste índice, a resposta que temos do último IEMI mostra uma clara tendência de retomada da estabilidade. O mercado, enfim, volta a ficar mais otimista.
Como podemos afirmar isso? A pesquisa ficou em 106,7 pontos. O zero seria o pessimismo absoluto e o 200 o otimismo absoluto. Este crescimento é gradual e vem sendo construído desde fevereiro deste ano. Além do sazonal aquecimento de final de ano na economia como um todo, esse movimento de melhora das expectativas poderá se traduzir em um reaquecimento importante neste momento, mesmo que em níveis menores aos já experimentados no auge do último ciclo imobiliário.
Na prática, isso demonstra que novamente os empresários brasileiros se reinventam e se adaptam a novas demandas do mercado. Encontrando com isso, nichos até então pouco explorados. Em um momento de recuperação e estabilização econômica do País, a inovação em processos e produtos é essencial para o sucesso de qualquer negócio. A afirmação vale tanto para o empresariado que necessita crescer, quanto para o consumidor que começa a acessar novos produtos e serviços. E no mercado imobiliário não é diferente. Hoje, com um consumidor cada vez mais exigente e consciente das suas reais necessidades, é essencial investir em empreendimentos com sustentabilidade financeira, estruturas condominiais que gerem renda - como garagens em sistema de estacionamento rotativo -, salas de reuniões alugáveis, espaços de eventos, entre outras iniciativas colaborativas.
A realidade atual pede mudanças, mas não é fácil desconstruir padrões que vêm sendo seguidos há anos, principalmente quando falamos em convivência em um condomínio, seja comercial ou residencial. A maioria dos condomínios é resistente e não permite, por exemplo, o uso de suas áreas por usuários externos. Por isso, um dos desafios do setor é conscientizar clientes e empreendedores que espaços ociosos não trazem vantagem para ninguém. Por que não abrir alguns desses espaços para que outras pessoas possam usufruir destas estruturas? Além de sustentável, é uma ação que pode reverter em recursos financeiros a favor do condomínio.
Aos poucos, já é possível perceber uma mudança neste comportamento. Os novos empreendimentos, principalmente os comerciais, estão aí para alterar esta realidade e beneficiar compradores e usuários finais. Essas mudanças são positivas ao mercado e agregam valor ao produto imobiliário. A ideia do compartilhamento, uso racional e econômico destas áreas está de acordo com uma forte tendência global.
Participam também desta onda de mudanças de mercado empreendimentos voltados à saúde. São projetos pensados para médicos, dentistas e profissionais da área. Eles contam com áreas específicas, como hall com espera para pacientes, recepção que pode prestar serviço de apoio aos consultórios, estruturas de acordo com as exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e RDC 50, consultórios desenvolvidos para diversas especialidades médicas e áreas de circulação com medidas regulamentadas. São empreendimentos de nicho e que se apropriam da necessidade que há tempos estes profissionais estavam buscando. Essa tendência do mercado pode ser explicada pela falta de investimentos e qualificação da rede de saúde pública e privada, que sofre com a estagnação e encolhimento ao longo dos anos e com uma demanda por atendimento e tratamento estruturados em saúde. Propiciando aos investidores desse segmento alta tendência de rentabilidade e liquidez independente do cenário econômico.
A concepção e projeto desses novos empreendimentos devem primar pela qualificação, racionalização dos recursos, otimização do tempo dos usuários finais e serviços inteligentes que sejam facilitadores na operação do dia-a-dia do complexo. Tudo isso é fruto de estudos, percepções, pesquisa e informações estatísticas sobre as potencialidades locais, necessidades específicas e desejos dos consumidores. E, claro, da estabilidade econômica e disponibilidade de crédito. É desta equação complexa que depende um dos setores que gera mais emprego no país.
Economista e diretor da Alphaplan Inteligência em Pesquisa
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