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Política

- Publicada em 30 de Outubro de 2016 às 18:33

Crivella vence no Rio de Janeiro

Bispo da Universal, Marcelo Crivella agradeceu apoio da Igreja Católica

Bispo da Universal, Marcelo Crivella agradeceu apoio da Igreja Católica


YASUYOSHI CHIBA/AFP/JC
Bispo licenciado da Igreja Universal, o senador Marcelo Crivella (PRB), 59 anos, foi eleito prefeito do Rio de Janeiro. O estilo conservador do futuro administrador da cidade contrasta com o perfil do carioca. Que, aliás, optou em peso pelo "não voto", quase metade do eleitorado. Crivella recebeu 59,36% dos votos válidos, ante 40,64% de Marcelo Freixo (PSOL).
Bispo licenciado da Igreja Universal, o senador Marcelo Crivella (PRB), 59 anos, foi eleito prefeito do Rio de Janeiro. O estilo conservador do futuro administrador da cidade contrasta com o perfil do carioca. Que, aliás, optou em peso pelo "não voto", quase metade do eleitorado. Crivella recebeu 59,36% dos votos válidos, ante 40,64% de Marcelo Freixo (PSOL).
Em números absolutos, 536 mil votos distanciaram um candidato do outro. A eleição se encerrou com o mais alto índice de votos em branco (4,18%), nulos (15,9%) e abstenções (26,85%) já registrado em segundos turnos desde 2000 - 47% dos eleitores não votaram em nenhum dos dois candidatos.
A campanha foi dura, com trocas de acusações que envolveram temas fora da política, como religião e sexualidade. Confirmada a vitória, Crivella ficou emocionado no discurso após o resultado. Prometeu arregaçar as mangas e cumprir todas as promessas de campanha. E reforçou o embate em torno de questões morais.
"O povo disse bem alto nas urnas: não à legalização do aborto, não à liberação das drogas. Não, não e não. O povo também disse, e eu tenho certeza, eu confio na alma carioca que existe na Câmara Municipal. Na minha eleição, o povo também disse bem alto: não à ideologia de gênero para crianças. Não, não e não", afirmou o prefeito eleito ao lado de aliados.
A fala contra bandeiras do PSOL levou o público ao delírio. Crivella foi ovacionado. Entre seus apoiadores estava o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que, nas redes sociais, escreveu "chora, capeta", "chora, Freixo" e "chora, PSOL".
A vitória de Crivella consolida o projeto político da Igreja Universal do Reino de Deus, em uma trajetória iniciada em 2002. Foi quando o então bispo foi instado a se candidatar a senador. O Rio é a primeira capital que o PRB, partido surgido na Universal, administrará. O senador é sobrinho do seu fundador, o bispo Edir Macedo, e já foi duas vezes candidato a governador e está na terceira candidatura ao Executivo municipal.
O prefeito eleito também apelou à conciliação entre diversas religiões. "Quero agradecer à toda a Igreja Católica, que nos apoiou, vencendo o preconceito, levantado por parte de uma mídia facciosa. Agradeço os candomblecistas e também os que não têm religião", afirmou Crivella.
 
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