O candidato à prefeitura do Rio de Janeiro Marcelo Freixo (PSOL) disse que "não é covarde" nem "foge de debates", referindo-se ao seu adversário, Marcelo Crivella (PRB), em entrevista ontem à Rádio CBN.
Crivella faltou à entrevista na rádio e não compareceu à entrevista da TV Globo, ambas na terça-feira, e já disse que não irá na sabatina do jornal O Globo, marcada para hoje. Crivella alega ser vítima de uma campanha por parte das Organizações Globo e da revista Veja, da editora Abril.
Freixo reagiu ao ser questionado se teria alguma relação com o tráfico de drogas, acusação levantada por oponente em seu horário eleitoral. "Crivella, além de ser covarde e fugir do debate, é mentiroso. É um cara que não está preparado para governar, que faz calúnia. Por trás daquela fala mansa, tem alguém que promove ódio o tempo todo", disse.
Questionado sobre o número de policiais que fazem a sua segurança, Freixo disse que "não é um privilégio" precisar da ajuda. "É uma necessidade, porque sou ameaçado de morte, não por um problema particular, mas porque enfrentei as milícias, na CPI das Milícias, o crime organizado mais poderoso do Rio", disse.
"Existem ameaças até hoje, e a avaliação é feita pela Secretaria de Segurança. Conversei recentemente com a Draco (Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas), e a avaliação é que eu, lamentavelmente, não posso andar sem segurança ainda", afirmou.