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Política

- Publicada em 18 de Outubro de 2016 às 22:28

Campanha deve manter tom acusatório, diz especialista

Carolina Hickmann
As eleições em Porto Alegre estão conturbadas. No início da semana, o comitê da campanha do tucano Nelson Marchezan Júnior foi alvejado a tiros, enquanto o vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB) enfrenta a perda de uma peça fundamental da campanha, o coordenador do plano de governo, Plínio Zalewski (PMDB), encontrado morto na sede municipal do partido na tarde de segunda-feira.
As eleições em Porto Alegre estão conturbadas. No início da semana, o comitê da campanha do tucano Nelson Marchezan Júnior foi alvejado a tiros, enquanto o vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB) enfrenta a perda de uma peça fundamental da campanha, o coordenador do plano de governo, Plínio Zalewski (PMDB), encontrado morto na sede municipal do partido na tarde de segunda-feira.
Ambas as chapas mostraram-se consternadas com os fatos. A coligação encabeçada por Marchezan promete seguir com a mesma "linha propositiva". "Até agora, apontamos o que entendíamos que não funcionava bem na cidade. Não realizamos ataques pessoais em nenhum momento. Daremos continuidade aos trabalhos que vínhamos realizando", explica o coordenador de campanha de Marchezan, o vereador licenciado Kevin Krieger (PP).
O PMDB, por outro lado, não faz conjecturas sobre o prosseguimento do segundo turno. Na noite de segunda, as atividades de ambos os candidatos foram canceladas por 24h.
A retomada das campanhas aconteceu a partir das 18h de ontem, quando a página de Melo no Facebook exibiu um vídeo em que o vice-prefeito presta homenagem ao correligionário, repetida depois no horário eleitoral.
O cientista político Álvaro Rocha projeta que o tom acusatório entre os candidatos deve ser mantido na reta final do segundo turno. Rocha comenta que sempre houve a tentativa de ligar o acirramento de discursos com a esquerda, porém, neste pleito, dois programas semelhantes chegam a ter representações judiciais.
Rocha acredita que isso seja parte de estratégias para chamar a atenção de eleitores que tenham identificação com esse tipo de discurso. "Uma parcela dos eleitores é ingênua e sensível a este discurso extremista e grosseiro que está sendo utilizado", sugere.
Quanto à perda do coordenador de campanha por parte do PMDB, Rocha avalia que a equipe de Melo deve ter a capacidade para lidar com a situação e dar continuidade ao que já vinha sendo realizado. A principal dificuldade, agora, deve ser emocional, segundo o especialista.
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