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Política

- Publicada em 07 de Outubro de 2016 às 10:46

Não há teto para saúde e educação e oposição deveria ler texto da PEC, diz Temer

MP de Temer foi aprovada na Comissão Especial da Câmara e vai a plenário

MP de Temer foi aprovada na Comissão Especial da Câmara e vai a plenário


Valter Campanato/Agência Brasil/JC
Agência Estado
O presidente Michel Temer voltou a defender a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que institui um limite ao crescimento dos gastos públicos e passou por seu primeiro teste na noite desta quinta-feira (6), ao ter seu texto base aprovado por 23 votos a favor e 7 contra na Comissão Especial da Câmara que analisou a matéria.
O presidente Michel Temer voltou a defender a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241, que institui um limite ao crescimento dos gastos públicos e passou por seu primeiro teste na noite desta quinta-feira (6), ao ter seu texto base aprovado por 23 votos a favor e 7 contra na Comissão Especial da Câmara que analisou a matéria.
Em entrevista à Rádio Gaúcha, na manhã desta sexta-feira (7), Temer disse que a oposição deveria ler o texto da PEC antes de criticá-la.
"O teto (dos gastos) é de natureza global. O que será estabelecido é um teto geral. Não significa que existe um teto para saúde, para educação, para cultura. Saúde e educação continuarão sendo prestigiadas", falou. O presidente acrescentou que o orçamento para 2017, que já foi elaborado levando em conta a aprovação do teto, prevê um aumento da destinação de recursos tanto para saúde como para educação, com relação a 2016.
Temer disse que a oposição deveria perceber que a medida não é uma questão de governo, mas sim uma questão de Estado. "Precisamos recuperar o Estado agora para que em 2018 quem estiver aqui (na Presidência) possa receber um Brasil mais tranquilo, inclusive do ponto de vista fiscal", afirmou. Segundo ele, a PEC do Teto vai gerar investimentos e, consequentemente, empregos.
Falando ainda sobre o ajuste fiscal, Temer afirmou que o governo não fará nenhuma desoneração beneficiando determinados setores da economia. Ele aproveitou para reiterar que, neste momento, não trabalha com a possibilidade de elevar tributos. "Nesses últimos quatro meses não se falou mais de CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), como se falou por um bom período. Não vamos pensar em tributos", disse.
O presidente afirmou ainda que o governo "está prestigiando" o Bolsa Família, apesar de ser um programa da gestão anterior. "Não temos nenhum preconceito com isso, o que é bom deve continuar, mas revalorizado. Estamos revalorizando o Bolsa Família", comentou. "Estamos governando para o País, para os mais pobres e para toda a sociedade."
Assim como já havia declarado na quinta-feira, 6, Temer disse que "não está preocupado com popularidade". Na entrevista à Rádio Gaúcha, ele comentou a pesquisa CNI/Ibope que mostrou rejeição de 39% de seu governo.
"Recebo com a maior tranquilidade. Qualquer pesquisa agora não é reveladora da totalidade do governo", disse, lembrando que ele ficou quatro meses como interino, o que gerou limitações. "Já fizemos muitas coisas que antes não se faziam, principalmente numa conjugação muito grande de esforços com o Legislativo", falou.
O presidente repetiu que se chegar ao fim de seu governo, em 2018, com 4% ou 5% de avaliação positiva, mas tiver gerado emprego aos 12 milhões de brasileiros que estão desempregados atualmente, estará satisfeito.
Setores públicos municipais traçam um cenário insustentável com a PEC. Cidades gaúchas serão forçadas a cortar serviços e haverá uma queda dramática de recursos na saúde, avisa o Conselho das Secretarias Municipais de Saúde do Rio Grande do Sul (Cosems-RS). O relatório favorável foi dado pelo deputado federal gaúcho Darcísio Perondi (PMDB-RS).
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